Comentário: Por que políticos como Pompeo querem tirar proveito da situação epidêmica nos Estados Unidos?
“Nenhum país no mundo chamou o novo coronavírus de ‘vírus da China’ ou ‘vírus de Wuhan’. Isso não é uma estratégia geopolítica”, criticou o ex-assistente de segurança dos EUA, Ben Rhodes, quando falou sobre o uso da epidemia para difamar a China. Sua crítica foi dirigida diretamente a um grupo de políticos sem escrúpulos, como o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.
Como “pioneiro” anti-China no atual governo dos EUA, o desempenho de Pompeo após o surto do COVID-19 foi extremamente desprezível. Chamou publicamente o novo coronavírus de “vírus de Wuhan”, difamou o Partido Comunista da China e o sistema político chinês de “ameaça da era”, e até tentou incluir o “vírus de Wuhan” na declaração da reunião de chanceleres do G7. Pompeo aproveitou diversas ocasiões para estigmatizar a China e espalhar a “teoria de conspiração”, chocando o mundo com sua mentalidade de Guerra Fria e preconceitos ideológicos, o que prejudicou seriamente a cooperação global no combate à pandemia.
No entanto, a situação da epidemia nos Estados Unidos está piorando a cada dia. Segundo dados mais recentes da Universidade Johns Hopkins, até este domingo (29), horário de Beijing, os casos confirmados de infecção ultrapassaram 12.000 e 2.010 pessoas morreram da doença. Exatamente como previsto pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os EUA estão se tornando o epicentro da pandemia global.
Pompeo não respondeu a essa transformação da situação, mas insiste na dificuldade da cooperação sino-norte-americana na luta contra a epidemia. Obviamente, há um motivo oculto por trás.
Muitos estudiosos em questões internacionais apontam que Pompeo é completamente um especulador político. Depois de se tornar secretário de Estado dos EUA, ele mostrou intencionalmente uma postura dura contra a China somente para atender às necessidades de grupos de interesses especiais e acumular mais capital político.
De acordo com relatos da mídia norte-americana, em novembro do ano passado, quando o processo de impeachment contra o presidente Donald Trump ainda não havia sido decidido, Pompeo já tinha dito a três parlamentares republicanos do Congresso que estava pronto para renunciar ao cargo de secretário de Estado o mais rápido possível para concorrer a uma cadeira de senador do Kansas. Analistas disseram que Pompeo estava pensando em se separar da atual equipe governamental e planejar seu próprio futuro. O objetivo político final dele é “subir ao trono do presidente”.
Então é claro que após o início da epidemia, Pompeo atacou repetidamente a China só para alcançar o capital político e maximizar o ganho pessoal na luta política cada vez mais incerta dos EUA, a fim de perseguir sua ambição política. Em outras palavras, quanto mais caóticos ficam os EUA, mais oportunidades haverá para Pompeo tirar proveito disso.
Segundo analistas, é uma grande pena que os Estados Unidos deixam um político com uma moral tão baixa assumir o comando da diplomacia do país. Pompeo é sem dúvida um “coxo” em comparação com outros secretários de Estado na história norte-americana. Neste momento crítico da prevenção e controle da epidemia, os EUA vão pagar um preço alto e andar mais longe no caminho de isolamento se deixarem Pompeo sacrificar os interesses públicos da sociedade em troca de seus próprios interesses políticos.
tradução: Shi Liang
revisão: Gabriela Nascimento