Comentário: Deve-se abandonar “critério duplo” no combate ao terrorismo

Os Estados Unidos anunciaram dias atrás que o comandante do grupo terrorista “Estado Islâmico”, Abu Bakr Al-Baghdadi, cometeu suicídio em 26 de outubro, durante um ataque lançado por tropas norte-americanas. Posteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia disse que o país estava cético com essa informação. Ao mesmo tempo, representantes de outros países ficaram “cautelosamente otimista” com a morte de Al-Baghdadi, anunciada pelos EUA.

Desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, o combate ao terrorismo da comunidade internacional tem durado 18 anos. Segundo dados, um total de 639 ataques terroristas ocorreram em 42 países no primeiro semestre de 2018. Esse fato mostra que a luta internacional contra o terrorismo permanece em uma situação complicada e crítica, além de enfrentar vários desafios.

Um deles é que alguns países ocidentais usaram o antiterrorismo como uma ferramenta estratégica. Por exemplo, com o objetivo de derrubar o governo legítimo da Síria, muitos países ocidentais ofereceram fundos e armas aos grupos de oposição, ignorando a verdadeira “face” desses grupos. Isso resultou na expansão de formas extremistas.

Até o final de 2015, extremistas realizavam frequentes ataques terroristas em grandes cidades europeias, como Paris, capital francesa. Apenas a partir desse momento, os EUA começaram a tomar ações sérias. Por meio de apoio aos militantes curdos e contando com a colaboração de vários países como Rússia, Irã, Iraque e Síria, as forças armadas de grupos extremistas no território sírio foram basicamente eliminadas.

Esses fatos mostram que o terrorismo é um desafio comum à segurança da comunidade internacional. Nenhum país pode fazer isso sozinho. Para a luta internacional contra o terrorismo, o “critério duplo” deve ser abandonado e a cooperação deve ser ampliada. Somente assim, o espaço para ações terroristas pode ser reduzido.

tradução: Shi Liang

revisão: Diego Goulart