Comentário: Huawei reage contra proibição de exportação de chips dos EUA
O Departamento do Comércio dos EUA anunciou nesta quinta-feira (16) a inclusão da empresa chinesa Huawei e 70 empresas relacionadas em uma Lista de Entidades, para as quais restringirá a venda e transferência de tecnologias norte-americanas.
Em resposta, a subsidiária da Huawei no ramo de chipset, HiSilicon, anunciou que utilizará os chips de backup que desenvolveu independentemente ao longo dos anos para lidar com a proibição dos EUA. A medida possibilitará a segurança estratégica da Huawei e a oferta da maioria dos produtos da empresa.
Sendo a maior produtora global de equipamentos de rede, a Huawei começou sua internacionalização há mais de 20 anos. Ela opera em 170 países e fornece serviços de telecomunicações para um terço da população mundial.
A empresa, porém, enfrenta grandes dificuldades ao se desenvolver nos EUA, por sofrer impedimentos em vários projetos de aquisição. A companhia também está sob investigação por “ameaça à segurança nacional”. Para garantir sua posição de liderança no setor de 5G, os EUA também adotaram políticas protecionistas contra a Huawei, que tem o maior número de patentes nesta área.
A ação de Washington, ao invés de se proteger, causou impactos graves a muitas empresas do próprio país. As medidas influenciam dezenas de milhares de postos de trabalho nos EUA e prejudicam a cadeia de fornecimento mundial.
Com uma visão prospectiva, a Huawei começou a desenvolver seus próprios chips há mais de dez anos para garantir a existência e operação em situações extremas. O espírito de “fazer preparativos nos tempos pacíficos” não só ajuda a empresa a se proteger, como também inspira toda a China a estar disposta para enfrentar dificuldades e riscos futuros no seu desenvolvimento.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Diego Goulart