Programa de “visto de ouro” gera 2 bilhões de euros em investimentos chineses em Portugal

O investimento chinês em Portugal através do regime de "visto de ouro" atingiu mais de 2 bilhões de euros, revelou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

A iniciativa "visto de ouro", oficialmente chamada de Autorização de Residência de Investimento (ARI), é um esquema de vistos de residência rápida para investidores de grande porte.

Entre 2013 e 2017, o investimento chinês através do regime totalizou 2,06 bilhões de euros. A quantia representa 60% de todo o dinheiro arrecadado pelo programa desde seu lançamento no final de 2012.

O investimento chinês através do regime cresceu para 306 milhões de euros em 2017, contemplando 538 vistos.

Esta é uma queda em relação aos 487 milhões de euros e 848 vistos em 2016, e consideravelmente abaixo do pico do ano de 2014, quando 1.235 vistos arrecadaram 711 milhões de euros.

No total, os investidores chineses receberam 3.588 dos 5.553 vistos dourados emitidos desde o lançamento do programa.

Os investidores chineses são assim os principais participantes do programa.

Os brasileiros ficaram em segundo lugar, com 473 vistos e 400 milhões de euros de investimento ao longo da vida do programa. Os sul-africanos seguem em terceiro, com 218 vistos e 140 milhões de euros de investimento.

As IRA estão disponíveis para os residentes que não pertencem à União Europeia que compram imóveis em Portugal no valor de 500.000 euros, ou 350.000 euros se o imóvel tem mais de 30 anos, ou efetuar transferências de capital de 1 milhão de euros ou menos, se determinados critérios de investimento cultural ou comercial forem cumpridos.