Comentário: Comunicado Conjunto EUA-Japão é absurdo
Ministros da Defesa e das Relações Exteriores do Japão e dos Estados Unidos realizaram recentemente encontros de alto nível. Mas o principal conteúdo do Comunicado Conjunto publicado após as reuniões é sobre a China. É coisa absurda e ridícula.
O ministro japonês das Relações Exteriores, Motegi Toshimitsu, falou de forma franca que a maioria dos temas nas conversas tem relação com a China, tais como a Ilha Diaoyu, o Estreito de Taiwan, Xinjiang e Hong Kong. Além disso, o Comunicado Conjunto EUA-Japão relata que as condutas da China não correspondem à atual ordem global e consistem em uma ameaça à comunidade internacional.
A ABC analisou que o novo governo estadunidense está ansioso em fortalecer o relacionamento com seus aliados, além de aumentar fichas para as negociações no diálogo estratégico de alto nível com a China, que será realizado em breve.
As questões envolvidas a Taiwan, Hong Kong e Xinjiang pertencem aos internos da China e qualquer interferência estrangeira é intolerável. Ignorando a perspectiva histórica e os fatos, a declaração conjunta EUA-Japão é apenas mais um exemplo do constrangimento e da interferência de Washington nos assuntos internos da China.
A declaração conjunta menciona que o Tratado de Segurança EUA-Japão é aplicável na Ilha Diaoyu, que é um território chinês desde a antiguidade. Os Estados Unidos e o Japão continuam mantendo mentalidades de Guerra Fria e pretendem causar confrontos, com intensão óbvia de formar um cerco ao redor da China, o que vai contra a corrente da nossa era pacífica.
Aliás, a aliança EUA-Japão não é tão forte como se imagina. Os norte-americanos se interessam mais com a situação no Estreito de Taiwan e as questões de direitos humanos, mas o Japão tem mais preocupação com a Ilha Diaoyu.
O jornal de Hong Kong, Takungpao, indicou que Washington e Tóquio alcançaram consensos em alguns aspectos, mas isso não significa que sua aliança esteja mais forte que antes. O jornal japonês, Tokyo Shimbun, comentou que a “proteção” dos EUA não é de graça, o Japão precisa se cuidar para não pagar um alto preço.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Erasto Santos Cruz