Santos: “Espero ser um professor da língua chinesa no Brasil”

O ano de 2020 marca o fim da implementação do 13º Plano Quinquenal (2016-2020) da China. Nos últimos cinco anos, o país alcançou uma série de conquistas históricas na área socioeconômica, criando um melhor ambiente de vida para o povo chinês e mais oportunidades de desenvolvimento para os estrangeiros. Todos deles testemunharam e participaram desse processo extraordinário, em que a China superou as dificuldades e seguiu em frente. Heitor Alexander Santos, um jovem brasileiro que está estudando em Beijing, compartilhou suas experiências.

“Um dos meus dias mais felizes do ano é 11 de novembro, conhecido como ‘duplo onze’, o maior festival de compras online na China. Durante o período de promoções, você pode comprar os produtos favoritos a um preço preferencial. Neste ano, logo depois da meia-noite do dia 11, comecei a pesquisar os produtos nas plataformas de comércio eletrônico, como Taobao e JD, comparei os preços e fiz os pedidos até 2h de madrugada”, disse Santos.

Ele é agora um estudante do segundo ano da especialização em educação internacional da língua chinesa na Universidade Central de Finanças e Economia da China. Santos gosta bastante de fazer compras online e costuma comprar tudo na internet, como roupas, alimentos, produtos eletrônicos e até medicamentos.

“Acho que os métodos de pagamento online, como Alipay e Wechat Pay, são muito convenientes e estão se tornando cada vez mais seguros, porque a tecnologia biométrica pode ser usada para confirmar pagamentos. Por outro lado, o transporte de carga na China é muito rápido e desenvolvido. Por exemplo, as mercadorias são enviadas do sul do país e levam apenas três ou quatro dias para chegar a Beijing.”

Por estar acostumado a compras online e ao pagamento móvel, muitas vezes Santos se esqueceu de levar dinheiro ao sair, quando estava passando férias no Brasil. Isso porque na China um celular pode substituir a carteira.

Além disso, para Santos, andar de bicicleta compartilhada também é a melhor opção para trajetos de curta distância em Beijing. “Você nunca precisa se preocupar com o problema da segurança ao andar de bicicleta compartilhada na China, porque há ciclovias em quase todos os lugares”, comenta. Nos últimos anos, o número de bicicletas compartilhadas da China continuou aumentando, cuja qualidade também melhorou constantemente.

Além de bicicleta compartilhada, Santos também adora bastante a ferrovia de alta velocidade da China. “Quando peguei um trem-bala pela primeira vez, parecia que estava voando de avião. Comparado com trens comuns, o trem-bala tem uma velocidade mais rápida e um ambiente bem arrumado e tranquilo. A distância entre os assentos também é maior”, relata ele.

Para Santos, estudar na China é uma experiência maravilhosa e ele está fascinado por este país oriental que combina o charme clássico e moderno. Santos gosta muito do documentário “O sabor da China na ponta da língua”. Em 2018, o estudante ganhou o prêmio de bronze no concurso de língua chinesa para estrangeiros “Chinese Bridge” com sua obra de dublagem nesse documentário. Um ano depois, Santos se destacou entre mais de mil estudantes estrangeiros e ganhou o título honorário “Mandarim Star”, na 8ª Competição da Língua Chinesa para Estudantes Internacionais em Beijing.

O estudante declarou que seu amor pela China começou com o interesse pelo mandarim. Depois de chegar ao país, ele descobriu mais encantos. Se tiver amigos estrangeiros que venham a Beijing, ele os levará para visitar a Cidade Proibida e os Hutongs, além de degustar os petiscos típicos da cidade.

Segundo Santos, seu trabalho ideal é ser um enviado de intercâmbio cultural entre o Brasil e a China. Ele voltará ao Brasil para ser um professor da língua chinesa no futuro. Um desenvolvimento cada vez melhor da China é o desejo de Santos. “A China mantém uma posição de liderança no desenvolvimento científico e tecnológico. Acredito que o país vai implementar com sucesso suas políticas na eliminação da pobreza e promoção do desenvolvimento sustentável. Os laços entre a China e o Brasil também ficarão mais sólidos.”

Tradução: Zhao Yan

Edição: Diego Goulart