Chancelaria chinesa exorta os EUA na retomada do Acordo de Paris e refuta dúvidas
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, apontou nesta quarta-feira (27) que os Estados Unidos continuam sendo o maior emissor de carbono do mundo e sua retirada do Acordo de Paris, ato da última administração, deixou muitos prejuízos aos esforços da comunidade internacional no combate às mudanças climáticas.
Em resposta às dúvidas de Washington acerca da insuficiência de ações chinesas no enfrentamento às mudanças climáticas, o diplomata salientou que o governo chinês lançou, no ano passado, um conjunto de medidas relacionadas à proteção do meio ambiente, demonstrando a firme determinação e os atos práticos da China para contribuir neste processo de combate às mudanças climáticas.
“A China, como o primeiro e maior país em desenvolvimento, formulou uma meta para atingir a neutralidade de carbono com apenas 10 anos de atraso se comparada com as metas dos países desenvolvidos,” sublinhou Zhao Lijian. Além disso, a maioria dos países desenvolvidos planeja atingir a neutralidade de carbono até 2050, o que significa 60 anos de transição. Já a China se comprometeu a alcançar a meta dentro de 30 anos. “As comparações dizem tudo,” refutou ele, enfatizando os esforços extremamente difíceis da parte chinesa em frente às mudanças climáticas.
O porta-voz pediu ainda que os países consolidem a cooperação e o diálogo para promover inovações científicas e tecnológicas. Para ele, os avanços revolucionários da tecnologia são mais importantes na concretização das metas do Acordo de Paris.
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Gabriela Nascimento