Comentário: Diplomacia de coerção isolará políticos dos EUA
De acordo com uma reportagem do jornal japonês Yomiuri Shimbun no dia 16, vários funcionários do governo revelaram que o Japão já notificou os Estados Unidos sobre sua decisão de não participar do plano norte-americano de excluir empresas chinesas da rede de telecomunicações.
Antes disso, a agência de notícias sul-coreana Yonhap News publicou que no Quinto Diálogo Econômico Estratégico Coreia do Sul-EUA realizado no dia 14, as autoridades sul-coreanas rejeitaram a proposta dos EUA de excluir a Huawei da construção da rede 5G da Coreia do Sul, alegando que "as empresas têm a palavra final".
Os sucessivos fracassos dos políticos norte-americanos em coagir seus aliados em benefício de seus próprios interesses indicam que não há saída para a "diplomacia de coerção" na era do multilateralismo, benefícios mútuos e globalização ganha-ganha.
O que é absurdo é que os políticos norte-americanos que usam de coerção, ameaça, sedução e outros meios desprezíveis para o mundo na verdade estão caluniando a China por "coagir outros países" ao tentar separar a relação entre a China e a comunidade internacional ao mesmo tempo em que forçam outros países a escolher um lado.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, tem estigmatizado a China durante suas visitas a Europa, Oriente Médio e América Latina. Embora alguns tenham sido cautelosos sob a ameaça dos EUA, mais países fizeram escolhas objetivas e racionais.
Por exemplo, o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Jose Borrell, disse que embora a UE esteja sob pressão de grandes potências para "escolher lados", ela não escolherá se juntar aos Estados Unidos contra a China por seus próprios interesses e valores.
Sobre a questão do 5G, o primeiro-ministro tcheco, Andrej Babis, respondeu que seu país é soberano e não viu nenhuma ameaça substancial à segurança da República Tcheca. O ministro das Relações Exteriores austríaco, Alexander Schallenberg, disse que a política da Áustria não é especificamente a de proibir ou restringir uma empresa, mas estabelecer um sistema de informação confiável.
Os políticos norte-americanos também coagem outros países em outras questões, incluindo não mostrando misericórdia aos aliados. O governo dos EUA ameaçou a retirada de sua guarnição para pressionar o Japão, Coreia do Sul e outros aliados a pagar mais "taxas de proteção".
Ao lidar com organizações internacionais, os EUA também estão fortemente envolvidos em ameaças e chantagens. Após o surto do COVID-19, os Estados Unidos ameaçaram repetidamente a Organização Mundial da Saúde (OMS) exigindo ajustes estruturais. O país também ameaçou sua retirada da OMS e "não descartou o estabelecimento de agências alternativas”, o que prejudicou violentamente a cooperação internacional na luta contra a epidemia.
Nas relações internacionais, os políticos norte-americanos coagem frequentemente outros países, não apenas por causa de seu gene de hegemonismo e da política de poder, mas também com o intuito de desviar sua responsabilidade pelo fracasso da prevenção da epidemia e a necessidade de promover eleições. No entanto, os Estados soberanos, grandes ou pequenos, fortes ou fracos, têm status igual no direito internacional e ninguém está disposto a aceitar coerções.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Erasto Santos Cruz