Caça ao TikTok reflete a lógica de apropriação dos EUA
De acordo com uma declaração divulgada pela empresa do aplicativo TikTok, a ByteDance, dona do aplicativo, conseguiu chegar a um consenso preliminar com a Oracle e a Walmart e as três partes vão se esforçar para ter um acordo o mais rápido possível conforme as leis e os regulamentos da China e dos Estados Unidos.
O presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou estar de acordo com a decisão. O Departamento de Comércio dos EUA adiou a data para a proibição de downloads do aplicativo no país do dia 20 para a 27. No entanto, o presidente Donald Trump mudou no dia 20 suas palavras dizendo que, caso a empresa chinesa ByteDance continue como o controladora do aplicativo, o governo norte-americano não aprovaria o projeto.
O TikTok é um aplicativo de vídeos criativos e é bem recebido nos EUA, com cerca de 100 milhões de usuários no país. Ele se tornou o alvo do monopólio do Vale do Silício e da hegemonia tecnológica dos EUA. O caso do TikTok não é um caso singular. Já na década de 80, os EUA usaram meios semelhantes para reprimir a indústria de semicondutores do Japão, tendo como alvo a empresa Toshiba. Anos atrás, os EUA voltaram a desfazer a manufatureira francesa Alstom, que acabou sendo adquirida pela empresa norte-americana General Electric.
O porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng, disse que os EUA prejudicaram, com a justificativa de proteger a segurança nacional, os direitos e interesses legítimos das empresas concernentes, perturbando a ordem do mercado. A China vai adotar as medidas necessárias para salvaguardar os interesses das suas empresas.