Quatro personalidades premiadas pela contribuição na luta contra Covid-19

Em 2003, um homem de 67 anos disse: “Mande os pacientes em estado grave para mim.”

“Se quiser que alguém faça algo, faça você primeiro”, disse ele.

Dezessete anos depois, ele, aos 84 anos, viajou para Wuhan, epicentro do Covid-19.

Ele é um excelente médico!

Em 2003, ele rejeitou todas as outras opiniões e apresentou pela primeira vez que “o culpado pela SARS não era a clamídia, mas um vírus”. Finalmente, salvou inúmeras vidas.

Após 17 anos, ele emitiu um alerta chocante em uma transmissão ao vivo, enfatizando ao público que o novo coronavírus era altamente contagioso. Ainda lembrou ao público para não ir a Wuhan a menos que fosse necessário.

Ele é ousado para falar!

Ele é Zhong Nanshan.

Zhong Nanshan, membro da Academia Chinesa da Engenharia e renomado especialista em doenças respiratórias

“Acredito que o que está na minha frente é a vida. Isso é uma questão de sobreviver ou morrer, que não pode ser ambígua”, afirmou ele.

No inverno rigoroso, meio ano atrás, ele estava prestes a ir para um “campo de batalha” desconhecido.

Não sabia o que deveria preparar, quanto tempo iria demorar e com quem iria ficar.

Ele considerava que a situação na linha de frente deveria ser extremamente severa e perigosa, caso contrário, ele, um idoso com mais de 70 anos, não deveria ser chamado para trabalhar.

Mas ele sabia que estavam depositando uma confiança inestimável nele e não podia recuar.

Pelo trabalho altamente intenso, ele repentinamente sofreu de colesistite.

Em Wuhan, seu fel foi retirado, mas nunca perdeu a coragem de lutar.

Não podia recuar, absolutamente!

Ele assumiu o comando do hospital de campanha Jiangxia, o único em medicina tradicional chinesa em Wuhan. O hospital alcançou a vitória de que nenhum paciente atendido ficou em estado grave, nenhum paciente recuperado foi testado novamente positivo ao vírus e nenhum membro da equipe médica foi contaminado.

Ele é Zhang Boli.

Zhang Boli, especialista em medicina tradicional chinesa

“Deixei o meu fel em Wuhan e compartilhei meu coração com o povo de lá”, disse ele.

Em 2018, ele vagamente via o fim da sua vida.

Ele foi diagnosticado com ulceração pelo frio.

Movimento restrito, atrofia muscular e perda gradual de mobilidade.

Depois disso, ele estaria incapaz de engolir e respirar, como se estivesse congelado em um corpo incontrolável.

Como continuar seu caminho na vida? Ele respondeu.

O médico liderou toda a equipe médica do Hospital Jinyintan de Wuhan, lutando contra o Covid-19 no epicentro da epidemia.

Ele é Zhang Dingyu.

Zhang Dingyu, chefe do Hospital Jinyintan de Wuhan designado para tratamento do novo coronavírus

“Tenho que construir uma ‘Grande Muralha’ de vida para nossos pacientes, nossa cidade e nosso país”, disse ele.

Na véspera da batalha decisiva, ela olhou para si mesma com orgulho.

Esta não foi sua primeira batalha. Dezessete anos atrás, ela também estava tão resoluta ao enfrentar a SARS.

“Quando visto este uniforme militar, tudo é o que você deve fazer”, disse ela.

Da luta contra a SARS, para o socorro após o terremoto de Wenchuan, até o combate ao vírus Ebola na África Ocidental.

Lutar é um estado permanente para os soldados.

Com uma ordem, ela foi imediatamente para o epicentro da epidemia de Covid-19

Em três meses, ela desenvolveu a única vacina contra o novo coronavírus do mundo que entrou na segunda fase de testes clínicos, trazendo esperança para acabar completamente com a pandemia.

Ela é Chen Wei.

Chen Wei, cientista médica militar

“Não há outras opções a não ser vencer”, disse ela.

tradução: Shi Liang

revisão: Diego Goulart