Comentário: Feira de Cantão virtual emite sinal de ampliação da abertura chinesa
A 127ª Feira de Importação e Exportação da China, conhecida também como Feira de Cantão, encerrou nesta quarta-feira (24) com a participação de cerca de 26 mil empresas chinesas e estrangeiras. No meio à pandemia do COVID-19, o evento foi realizado de forma online. Cerca de 1,8 milhão de produtos foram exibidos virtualmente e compradores de 217 países e regiões se inscreveram para procurar possíveis oportunidades de negócios.
Esta foi a primeira vez que a Feira de Cantão ocorreu via internet desde sua primeira edição em 1957. A realização do evento apesar do surto emitiu um sinal positivo da determinação chinesa de ampliar sua abertura ao exterior e mostrou a responsabilidade do país de garantir a segurança das cadeias industriais globais.
Nesta edição da Feira, tecnologias como 5G, big data e inteligência artificial foram aplicadas para a demonstração de produtos na internet. Apresentadores realizaram transmissões ao vivo para mostrar as mercadorias.
Sendo a feira comercial internacional de maior porte e história mais longa da China, a Feira de Cantão é considerada como o "barômetro" e "cata-vento" do comércio exterior da China e um símbolo importante para a abertura do país.
Por consequências da pandemia do novo coronavírus, a China decidiu em abril realizar a Feira de Cantão via ciberespaço, a fim de atender às demandas de compradores estrangeiros de produtos chineses e facilitar a entrada de empresas no mercado chinês.
O porta-voz da Feira desta edição e vice-diretor do Centro de Comércio Exterior da China, Xu Bing, avaliou que os resultados do evento correspondem às expectativas. A distribuição das origens dos compradores desta feira bateu o recorde histórico, se caracterizando por diversidade e globalidade. Isso é muito importante perante a recessão da economia mundial e retração do comércio e investimento internacional.
Conforme a edição atualizada do relatório intitulado Dados e Perspectivas do Comércio Global, divulgada pela Organização Mundial do Comércio no dia 23, o comércio mundial de mercadorias do 1º trimestre deste ano registrou um decremento de 3% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado e a previsão para o 2º trimestre é de 18,5%.
Nos últimos anos, a China tem promovido sua abertura de um nível mais alto e defendido uma globalização econômica mais aberta, tolerante, abrangente, equilibrada e de benefício comum.
Perante a intensificação do protecionismo, a China nunca parou de dar seus passos para a abertura e está promulgando mais medidas nas áreas de proteção de direitos de propriedade intelectual, serviços financeiros, facilitação alfandegária e intercâmbio de pessoal.
“Procurar novas oportunidades em crises” é uma diretriz fundamental do desenvolvimento da economia chinesa. O desenvolvimento do país também vai trazer novas chances e forças motrizes para a economia mundial.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Gabriela Nascimento