Comentário: Será que empresas estadunidenses deixarão a China?
“Desligamento com a China, os EUA estão prontos para pagar o custo?” Essa foi uma pergunta levantada pelo jornal The Wall Street Journal no dia 3 de junho. A reportagem alertou que o rompimento da cadeia de suprimentos e laço educacional causarão uma grande perda para a competitividade dos próprios EUA.
A reportagem foi publicada no contexto de que alguns políticos estavam incitando ideias de desvinculação da economia e da cadeia industrial com a China. Lawrence Alan Kudlow, conselheiro econômico da Casa Branca, pediu mais uma vez às empresas estadunidenses que deixassem a China e voltassem a investir nos EUA.
Mesmo com a incitação de alguns políticos, do ponto de vista econômico, as cadeias de suprimentos e industrial são formadas através da distribuição de mercado e divisão de trabalho do mundo. Empresas multinacionais alocam recursos em todo o mundo com base nas leis da economia de mercado, com o objetivo de maximizar os lucros. Será que os empresários vão seguir a opinião dos políticos e deixar o mercado chinês?
Segundo estatísticas, o valor agregado da manufatura dos EUA reduziu para 11% do PIB em 2019, a menor percentagem desde 1947. Por isso, a Câmara do Comércio dos EUA alertou Washington que não atuasse demais na questão da retirada da cadeia de fornecimento dos EUA da China, o que prejudicaria a economia norte-americana.
A revista Foreign Policy dos EUA também publicou um artigo, no qual afirma que ideia de que “a pandemia do novo coronavírus trará de volta empregos para os EUA” foi somente uma ilusão dos oficiais estadunidenses, porque não há nenhuma prova de que empresas estadunidenses mudem seus negócios de volta aos EUA por causa do novo coronavírus.
Para multinacionais, a China é um mercado atraente, pela sua grande população, aperfeiçoada infraestrutura e indústria de apoio, assim como seu ambiente de negócio cada vez melhorado. A pandemia não mudou a vantagem comparativa da China na cadeia global de fornecimento. A firme proteção à cadeia industrial global pela China e sua abertura de mais alto nível revitalizaram a confiança das multinacionais no mercado chinês.
Consta na reportagem do The Wall Street Journal que o volume enorme do mercado chinês é inegligenciável. Esta é a situação objetiva e o consenso do globo. Por isso, as ilusões de alguns políticos de Washington não mudarão a determinação das multinacionais sobre o mercado chinês.
Tradução Xia Ren
Revisão Diego Goulart