Primeira vacina contra novo coronavírus é testada segura em humanos
Até 23 de maio, a epidemia do novo coronvarívus (Covid-19) causou mais de 5,1 milhões de infectados e mais de 330 mil mortes em todo o mundo. Diante severa realidade, a pesquisa e desenvolvimento de vacinas desperta muita atenção mundial.
No último dia 22, uma equipe de pesquisa da Academia de Ciências Militares da China publicou o estudo sobre o primeiro teste em humanos da vacina contra o Covid-19 na revista científica britânica The Lancet. De acordo com o artigo, a vacina, que passou pela primeira rodada do teste, foi capaz de gerar uma rápida resposta imune no corpo humano e pode ser considerada segura e bem tolerada. No entanto, ainda é preciso realizar mais pesquisas para confirmar se a vacina pode efetivamente prevenir a infecção do novo coronavírus.
Rao Zihe, membro da Academia Chinesa de Ciências, disse que, nesta epidemia, os cientistas chineses têm feito um trabalho importante na pesquisa e desenvolvimento de vacinas, fornecendo uma importante base científica para o trabalho antiepidêmico internacional.
O primeiro teste em humanos da vacina contra o Covid-19 foi realizado com 108 voluntários com idade entre 18 e 60 anos e não infectados pelo vírus. Eles foram divididos em grupos e receberam injeções de doses baixa, média e alta. Depois, pesquisadores coletaram regularmente amostras de sangue e as testaram para determinar se a vacina ativou as respostas imunológicas e celulares do corpo.
Nenhum caso adverso grave foi relatado nos 28 dias após a vacinação. A maioria dos casos adversos foram leves ou moderados.
Logo depois da publicação de resultados da pesquisa, Richard Houghton, editor-chefe da regista The Lancet, compartilhou a notícia pelas mídias sociais, elogiando que esses resultados representam um marco importante. O jornal estadunidense The New Youk Times comentou que essa pesquisa é o primeiro passo para testar a vacina, principalmente para verificar sua segurança. Para provar sua eficácia, é preciso testar em mais pessoas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, atualmente, mais de 120 vacinas estão em pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo, algumas das quais estão passando por avaliações clínicas.
O acadêmico chinês Rao Zihe indicou que, à medida que a situação epidêmica na China é controlada, o número de novas infecções por novo coronavírus está diminuindo. É necessária mais cooperação internacional em diversos aspectos da pesquisa e desenvolvimento da vacina como avaliação clínica na fase 3 e efeito terapêutico. Segundo ele, o vírus não conhece fronteira, nem a ciência. O intercâmbio e a cooperação internacionais podem acelerar o conhecimento da ciência e a inovação tecnológica.
tradução: Shi Liang
revisão: Diego Goulart