Comentário: China é “teórica” e “praticante” na melhoria da governança global
Devido à corrente contra a globalização e à desaceleração econômica, é cada vez mais difícil para a comunidade internacional alcançar consenso ao lidar com os riscos e os desafios. A razão reside no fato do sistema de governança global não corresponder às mudanças do cenário internacional e à emergência das novas economias, assim como a desatualização do sistema de governança mundial estabelecido pelos principais países ocidentais depois da Segunda Guerra Mundial. Além disso, um país ocidental tem reprimido e atacado as economias emergentes para defender sua hegemonia, causando a deterioração da governança global.
Nos últimos anos, partindo da defesa dos interesses de desenvolvimento do próprio país e da comunidade internacional, a China tem participado ativamente da reforma do mecanismo da governança global e apresentado um conjunto de ideias e ações. O objetivo é estabelecer um sistema de governança global baseado em consulta mútua, construção recíproca e compartilhamento de resultados, além de promover a construção de uma comunidade de futuro compartilhado.
Em 2019, a China apresentou uma série de sugestões e opiniões em relação à governança global. Em março, durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, à França, ele propôs sua solução para “déficits de governança, confiança, paz e desenvolvimento”. Durante a Cúpula do G20 em Osaka, o líder chinês reiterou que o desenvolvimento do grupo deve priorizar a coordenação da política macroeconômica e levar em maior consideração as demandas razoáveis dos países em desenvolvimento sobre o progresso inclusivo, a construção de infraestruturas, a economia digital, o meio ambiente e o clima. Tudo isso não só reflete uma consideração profunda da China sobre a melhoria da governança global, mas também a responsabilidade de um grande país. Como disse Martin Jacques, estudioso britânico, a China já é um dos principais impulsionadores do novo modelo da governança global.
O governo chinês também é um “praticante” da promoção da reforma da governança global, tais como a iniciativa Cinturão e Rota, o estabelecimento do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas e a realização do seu compromisso de redução de carbono, com três anos de antecedência.
A participação e a promoção da China no sistema da governança global têm com objetivo atualizar, inovar e aperfeiçoar, em vez de derrubar o velho e estabelecer um novo. Como a proposta chinesa pode garantir os interesses de todas as partes, o país tem sido amplamente apoiado e elogiado pela comunidade internacional.
Perante os destacados desafios de desenvolvimento, a solução do impasse de governança global é premente. Junto com todas as partes, a China quer ser “teoria” e “prática” na promoção do desenvolvimento da ordem internacional rumo a uma direção mais justa e razoável, no fornecimento de uma garantia institucional à paz e estabilidade mundial, assim como na melhoria do bem estar da comunidade internacional.
Tradução: Xia Ren
Revisão: Diego Goularte