Título de “país desenvolvido” é uma “lisonja” que a China não vai aceitar
A China é um país desenvolvido? Nos últimos anos, com intenções diferenciadas, muitos países ocidentais vêm pregando que a China deve ser considerada um país desenvolvido. Isso é justo e verdadeiro?
Para esclarecer a questão, primeiro vamos conhecer por que os países ocidentais desejam dar a China esse título. Como comentou Chad Bown, pesquisador sênior do Instituto Peterson para Economia Internacional, os EUA esperam que a China seja privada de medidas de proteção para as economias em desenvolvimento da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O chanceler chinês, Wang Yi, havia respondido à questão. Ele disse que apesar de ter um desenvolvimento econômico acelerado nos últimos anos, a China permanece sendo um país em desenvolvimento. É injusto exigir de um país com apenas algumas décadas de desenvolvimento ter um status equitativo aos que já experimentaram centenas de anos de desenvolvimento.
Conforme indicadores do Banco Mundial, o PIB per capita da China foi de 9,7 mil dólares em 2018, representando apenas 1/6 dos EUA e 1/4 da União Europeia. O valor ainda é inferior ao nível médio mundial. O indicador de desenvolvimento humano da China foi de 0,752 em 2017, ocupando o 86º lugar no ranking mundial.
Ao alistar os êxitos conquistados pela China, muitos países ocidentais cobriram o fato de que a China ainda fica atrasada de sentido geral e em muitos setores. O premiê australiano, Scott Morrison, chamou a China de “economia desenvolvida emergente” e exigiu que as instituições internacionais do mundo reconheçam o novo status do país. A agência de notícias Reuters, porém, apontou em sua reportagem que a intenção real do “elogio” de Morrison foi pressionar a China a deixar algumas medidas prioritárias oferecidas pela OMC.
Sendo o maior país em desenvolvimento, a China deu uma contribuição superior a 30% ao crescimento econômico mundial por mais de 10 anos consecutivos. O país também resolveu a pobreza de 800 milhões de habitantes. A China cumpriu sua promessa de promover a abertura, diminuindo sua tarifa aduaneira média para 7,5%. O país concretizou com antecedência seu compromisso de diminuição de emissões de carbono, além de ser o segundo contribuinte financeiro da ONU.
A China não aceita a lisonja do título de “país desenvolvido”, mas continuará se esforçando para contribuir com o desenvolvimento do mundo.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Diego Goulart