Quando o Oriente encontra o Ocidente, a cultura de Macau brilha

Fonte: Xinhua Published: 2019-12-13 16:15:57
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A Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) da China celebrará na próxima sexta-feira o 20º aniversário de seu retorno à pátria.

Depois de 20 anos de desenvolvimento, Macau se tornou um destino turístico mundialmente renomado, onde as culturas do Oriente e Ocidente coexistem há mais de 400 anos.

Uma variedade ampla de tradições culturais, idiomas, crenças religiosas e costumes existe lado a lado e influencia um ao outro. Com a cultura chinesa tradicional no seu coração, a cultura de Macau é uma mistura diversa assimilando as influências ocidentais, particularmente as da cultura portuguesa.

No início de 2019, o governo central divulgou o Plano de Desenvolvimento Geral para a Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, pretendendo transformar Macau em uma base de intercâmbios e cooperação, com a cultura chinesa como sua tendência predominante e a coexistência de diferentes culturas.

O maior legado da combinação cultural do leste e do oeste é o Centro Histórico de Macau, que foi incluído na Lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 2005.

Um total de 22 locais históricos foi reconhecido por ter significado cultural e histórico, incluindo diversas igrejas, templos, fortalezas, um farol, um quartel-general e outras construções.

A construção mais famosa é as Ruínas de São Paulo, fachada de uma Igreja da Madre de Deus. A igreja foi construída nos anos 1700 e destruída por incêndio em 1835.

A antiga Igreja, o Colégio de São Paulo e a Fortaleza do Monte são todas construções jesuítas e formam a "acrópole" de Macau.

Apenas a 20 metros das Ruínas de São Paulo está o Templo de Na Tcha. Construído em 1888, o local cultua Na Tcha, um personagem religioso folclórico relacionado ao Taoísmo, fornecendo um exemplo perfeito das tradições chinesas locais.

Além das arquiteturas, Macau também tem diversas tradições culturais originadas da parte continental da China e da Europa. O governo da RAEM estabeleceu tanto festivais chineses como ocidentais como feriados, como o Dia de Meio-Outono, Páscoa, Natal e o Ano Novo Lunar chinês.

Durante o Aniversário do Buda, que cai no oitavo dia do quarto mês no calendário lunar chinês, os moradores de Macau vão às ruas perto das Ruínas de São Paulo para assistir à Dança do Dragão Bêbedo, uma tradição proveniente da Província de Guangdong, no sul da China.

Eles também participam da Procissão de Nossa Senhora de Fátima em 13 de maio todos os anos para comemorar essa tradição portuguesa.

Muitos artistas locais tiram sua inspiração das culturas diversas de Macau para criar músicas, danças e pinturas.

O musical do diretor Chen Yifeng "Amor em Macau" começou a ser encenado em Macau desde o início de dezembro, para celebrar o 40º aniversário do estabelecimento dos laços diplomáticos entre a China e Portugal e o 20º aniversário do retorno de Macau à pátria.

"Amor em Macau", apresentado por cantores chineses, conta uma história de amor entre o famoso poeta português Luís de Camões e uma menina chinesa durante sua estada em Macau mais de 400 anos atrás.

O teatro musical tem canções tanto do estilo oriental como ocidental, como músicas folclóricas cantonesas, fado português e ária de ópera.

"Fazer um musical desse tipo é criar uma obra artística localmente em Macau com uma perspectiva internacional, um sentimento dos tempos e uma profundidade histórica", disse Chen.

"Espero que ele possa fazer uma turnê na Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e até ser apresentado nos países de língua portuguesa", acrescentou.

Cai Jialin, gerente-geral da Orquestra Chinesa de Macau, disse que ela tenta fundir a música chinesa com o fado.

Em julho deste ano, a Orquestra e Hélder Moutinho, famoso cantor português de fado, realizaram em conjunto um concerto em Macau que combinam a música chinesa e portuguesa.

Em Portugal em setembro, a Orquestra encenou um concerto em Lisboa, com uma combinação de obras de Macau e portuguesas, buscando apresentar um banquete musical chinês com elementos ocidentais para o público português.

"A tentativa de fusão entre os instrumentos musicais chineses bambu e seda e o fado português começou a gerar frutos e tem sido bem recebida pelo público", disse ela.

O governo da RAEM apoiou e organizou diversos eventos culturais da China e do exterior nos últimos anos, promovendo o intercâmbio cultural entre o Oriente e o Ocidente.

O Festival Internacional de Música de Macau, organizado pelo Instituto Cultural do governo da RAEM, realiza-se em Macau todos os anos, com uma série de concertos.

Durante o festival de 2019, a ópera clássica de Mozart, Flauta Mágica, conjuntamente apresentada pelo Komische Oper Berlin e a companhia de teatro britânica 1927, foi encenada no Centro Cultural de Macau.

A Cantata do Rio Amarelo, composta pelo compositor chinês legendário Xian Xinghai, também foi conjuntamente interpretada pela Orquestra de Macau e orquestra do Centro Nacional para Artes Dramáticas e Musicais e Coro durante o festival.

Além disso, um concerto apresentado pela Filarmônica de Viena ocorreu durante o festival.

O Instituto Cultural também lançou Art Macao 2019, um grande evento artístico e cultural internacional, para apresentar uma série de exibições destacadas sobre a Renascença da Itália e mestres chineses modernos e contemporâneos.

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