Comentário: China dá passo firme em direção a um país forte em comércio
A China publicou recentemente a Orientação sobre Promoção do Desenvolvimento Altamente Qualificado do Comércio. O documento visa aprimorar a estrutura comercial, aumentar seus benefícios e reforçar o planejamento global pelas instâncias superiores, a fim de traçar o “mapa de rota” para o desenvolvimento de alta qualidade do comércio chinês e levar a China de grande a forte país comercial.
Primeiro, a estrutura comercial deverá ser aprimorada. Os produtos chineses de mão de obra intensiva ocupam a grande percentagem e há espaço para elevar o valor agregado comercial das mercadorias. Atualmente, as exportações de produtos de altas e novas tecnologias representam 28,3%, ainda distante dos países desenvolvidos. Destas, uma parte considerável pertence ao processamento do comércio exterior. Por isso, é preciso desenvolver o comércio de produtos com alta qualidade, alta tecnologia, e alto valor agregado, além de acelerar o desenvolvimento da fabricação inteligente, o que vai reforçar a competitividade vital das empresas chinesas.
De acordo com a nova diretriz, a China deve continuar aprofundando as cooperações com as economias desenvolvidas, enquanto se empenham no aprofundamento e construção conjunta das cooperações comerciais com países do Cinturão e Rota. Conforme as últimas estatísticas divulgadas pela Administração Geral de Alfândegas da China, nos primeiros dez meses deste ano, a soma das importações e exportações do país, em relação aos países do Cinturão e Rota, aumentou 9,4% frente ao mesmo período do ano passado. Sem dúvida, aplicar o novo “mapa de rota” para o desenvolvimento comercial vai fortalecer a estratégia multipolar das empresas chinesas.
Em segundo lugar, será injetada nova força motriz para o desenvolvimento comercial da China. O comércio eletrônico transnacional a varejo das mercadorias importadas arrecadou 45,65 bilhões de yuans no primeiro semestre do ano, registrando um crescimento de 24,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Para elevar a facilitação do comércio, o documento estimula as empresas a desenvolverem o comércio eletrônico nos países envolvidos e apoia a construção de armazéns e centros logísticos no exterior. A aceleração da criação e desenvolvimento de um novo modelo de indústria comercial elevará a eficiência do comércio tradicional.
Representante dos países em desenvolvimento, a China deve participar mais ativamente da elaboração das regras do comércio internacional. Na ordem econômica mundial, dominada pelo Ocidente, existe há muito tempo o desequilíbrio entre altos ganhos de capital e baixos retornos trabalhistas, o que é muito desfavorável aos países em desenvolvimento. Conforme o documento, a China vai promover as reformas necessárias da Organização Mundial do Comércio e participar das negociações sobre as regras do comércio multilateral. Isso ajudará a quebrar o monopólio do Ocidente no setor e a obter mais direito à palavra para países em desenvolvimento no sistema de governança global.
Por último, a China deve estabelecer um sistema comercial mais equilibrado. Nos últimos anos, a taxa alfandegária em média do país vem registrando redução constante. Na segunda Exposição Internacional de Importações da China, os acordos fechados acumularam U$ 71,13 bilhões, aumentando 23% ao comparar com o valor da primeira edição. Segundo o planejamento, o governo chinês deverá reduzir ainda mais as tarifas de importações e o custo institucional, criando uma zona piloto de promoção de inovação para o comércio de importação em nível nacional.
Tradução: Zhu Jing
Revisão: Diego