Comentário: Buscar pontos em comum e manter diferenças para resolver questões de forma pragmática

Fonte: CRI Published: 2019-10-12 18:40:54
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A China e os Estados Unidos concluíram sua última rodada de consultas econômicas e comerciais de alto nível em Washington na sexta-feira (11). Sob a orientação do consenso alcançado pelo presidente da China, Xi Jinping, e pelo presidente dos EUA, Donald Trump, as duas equipes de negociação conduziram discussões francas, eficientes e construtivas sobre as questões econômicas e comerciais de interesse mútuo, e obtiveram progressos substanciais em áreas como agricultura, proteção de propriedade intelectual, taxas de câmbio, serviços financeiros, cooperação comercial, transferência de tecnologia e solução de controvérsias. Os dois lados também discutiram arranjos para futuras negociações.

Esses resultados encorajadores foram alcançados porque os dois lados buscaram abordagens práticas para obter pontos em comum. O progresso alcançado nesta rodada de negociações significa que tanto os chineses e americanos quanto a comunidade internacional podem aplaudir esta tentativa bem sucedida de evitar o aumento das tensões comerciais entre os dois países.

É impossível para as duas maiores economias do mundo resolverem seus complexos problemas comerciais da noite para o dia. As reviravoltas dos últimos meses fizeram com que ambos os lados percebessem mais claramente o caminho certo a seguir.

Tomemos a agricultura como exemplo: a China e os Estados Unidos possuem alta complementaridade neste aspecto, e a cooperação beneficia ambos. A China importa cerca de 90% de sua soja a cada ano e enfrenta uma oferta insuficiente temporária de carne de porco. É lógico que a China procure comprar soja e carne suína dos Estados Unidos com base nos princípios de mercado e nas regras da Organização Mundial do Comércio. E essas compras ajudam a resolver as preocupações de Washington sobre o desequilíbrio comercial com a China e, ao mesmo tempo, fornecem uma renda muito necessária para os agricultores americanos.

A mesma lógica também se aplica à taxa de câmbio. A China deixou claro que manterá seu sistema orientado para o mercado em taxas de câmbio, e que nunca se envolverá na desvalorização competitiva, nem usará taxa de câmbio para fins competitivos ou sua moeda como alavanca para lidar com flutuações externas, incluindo atritos comerciais. Como as questões monetárias estão intimamente relacionadas ao comércio, o progresso concreto nesse tópico facilitará o progresso em áreas relacionadas.

As verdades repetidas demonstram que as tarifas não podem resolver o atrito, ao contrário, só prejudicam os dois países e a economia mundial. Kristalina Georgieva, a nova diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, disse no início desta semana que as tensões comerciais estão "afetando o crescimento global". Ela estimou que o efeito cumulativo dos conflitos comerciais pode causar uma perda de cerca de US $ 700 bilhões para a economia global até o próximo ano, valor que corresponde a toda a economia da Suíça.

O caminho correto a se seguir nunca é fácil. Mais do que nunca, as futuras negociações exigirão que ambos os lados demonstrem paciência, tolerância, persistência e uma atitude prática baseada na igualdade e no respeito mútuo.

Tradução: Xia Ren

Revisão: Erasto Santos Cruz

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