Comentário: jogar carta da “venda de armas” destinado ao fracasso
O Departamento de Defesa dos EUA informou nesta quarta-feira (21) ao Congresso que os EUA vão vender 66 caças F-16 a Taiwan no valor de cerca de US$ 8 bilhões.
A decisão além de violar, gravemente, a lei internacional e os princípios básicos da relação internacional, interfere, severamente, nos assuntos internos chineses, e prejudica a soberania e os interesses de segurança da China.
A China manifestou a sua firme oposição contra a decisão norte-americana. Beijing anunciou que ia tomar todas as medidas necessárias para salvaguardar os interesses da China, incluindo sancionar as empresas envolvidas na venda de armas à ilha.
Segundo os três comunicados conjuntos assinados entre a China e os EUA, Washington reconhece que o governo da República Popular da China é o único governo legítimo que representa a China e que Taiwan faz parte da China.
O comunicado conjunto acordado em 1982 pelos dois governos definiu que os EUA reduzirão gradualmente a venda de armas para Taiwan, até que a questão de Taiwan seja finalmente resolvida.
Os EUA, no entanto, vêm proporcionando o apoio militar a Taiwan através da Lei da Relação com Taiwan ao longo dos anos. A venda de armas se tornou assim um grande obstáculo no desenvolvimento da relação entre a China e os EUA.
Na realidade, a venda de armas virou uma carta que o atual governo norte-americano costuma usar para exercer pressões à China. Em julho deste ano, Washington tinha anunciado a venda de armas num valor de cerca de US$ 2,22 bilhões a Taiwan.
A intenção dos EUA é clara: exercer mais pressões à China no contexto da guerra comercial. Além disso, Washington quer roubar, mais uma vez, as pessoas de Taiwan para satisfazer aos vendedores de armas norte-americanos.
Esta carta não funcionará. A China não vai misturar a questão comercial com a de Taiwan. De fato, como o assunto de Taiwan se refere aos interesses de Estado núcleo da China, ou seja, a integridade da soberania e do território, Beijing não permitirá, de jeito nenhum, a interferência de forças alheias.
Até os cidadãos de Taiwan estão cientes de que a compra de armas dos EUA trará mais riscos à ilha. A opinião pública em Taiwan manifestou-se preocupada com os impactos que esse negócio pode causar, advertindo que as autoridades de Taiwan não deveriam subestimar a determinação da parte continental chinesa de lançar “um contra-ataque”.
Graças à Reforma e Abertura implementada há quatro décadas, o continente chinês domina firmemente a direção do desenvolvimento da relação entre dois lados do Estreito de Taiwan.
O Partido Progressista Democrático é apenas uma “peça de xadrez” das autoridades norte-americanas, que será finalmente abandonada por Washington.
A reunificação será o destino de Taiwan.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Hilário Taimo