Comentário: mercado de capital estrangeiro emite voto de confiança à China
O provedor de índices globais MSCI aumentou, como o previsto, o peso das ações A da China nos índices MSCI nesta terça-feira (28). A entidade também adicionou as novas 26 ações chinesas, elevando o número total dos títulos de valores chineses para 264. O fator de inclusão das ações A também teve uma alta de 5% para 10%.
O gesto é considerado mais um voto de confiança que o mercado de capital internacional lançou sobre a economia chinesa. A confiança é preciosa, tendo em consideração o fato de que as agências de classificação de riscos reajustaram para baixo o crescimento econômico e comercial do mundo.
As Nações Unidas divulgaram recentemente um relatório rebaixando o crescimento econômico mundial para 2,7%, 0.3 ponto percentual inferior à previsão feita no início do ano. A balança comercial mundial também foi reduzida para 2,7%, menor que os 3,4% registrados no ano passado.
Neste contexto, a China recebeu a confiança do MSCI, sendo também a única economia que o Fundo Monetário Internacional vê com bons olhos.
Em frente ao bullying comercial norteamericano, a persistência dos chineses no seu conceito de tratar bem dos próprios assuntos já é uma contribuição para o mundo. O diretor da Comissão Estatal para o Desenvolvimento e a Reforma, Ning Jizhe, usou estabilidades para avaliar o desempenho da economia doméstica nos primeiros quatro meses deste ano: estabilidade no crescimento econômico, no funcionamento da economia real, no emprego, nos preços e na balança internacional de pagamentos.
Entre as empresas atingidas pela medida norteamericana de sobretaxação contra produtos chineses no valor de US$200 bilhões, cerca de 50% são de propriedade estrangeira, incluindo as americanas. A gigante global da produção de alumínio, Novelis, é uma delas. Recentemente, a companhia anunciou que a sua planta na província chinesa de Jiangsu entrará em funcionamento no final do ano. A estratégia da empresa é fornecer materiais para as montadoras automobilísticas Tesla, BYD e NIO.
Tradução: Laura
Revisão: Erasto