Comentário: Europa não precisa temer a China
“Não temos razões para temer a China.” “De qualquer forma, não podemos estabelecer barreiras na Europa”. Estas são as palavras de Holger Bingmann, presidente da Federação Alemã para Venda por Atacado, Comércio Exterior e Serviço.
A Reuters revelou que recentemente a Alemanha e a França querem que seus governos tomem mais medidas para proteger suas empresas e importantes indústrias com o fim de enfrentar a concorrência da China e dos Estados Unidos.
Bingmann alertou que as pessoas não podem ter fobia chinesa, nem aplicar políticas fechadas. “Será um grande erro se acharmos que a Alemanha ou a Europa poderá criar empregos e prosperidade com a porta fechada”, advertiu.
A Itália e a China assinaram o Memorando de Entendimento de Cooperação do Cinturão e Rota no mês passado com o objetivo de atrair mais investimentos chineses para a construção de suas infraestruturas e vender mais produtos italianos para a China. Porém, o fato causou preocupação em alguns europeus de que a China poderia separar a Europa.
Na realidade, o presidente chinês, Xi Jinping, disse na sua última visita à França que uma Europa unida e próspera corresponde ao seu desejo de multipolarização do mundo. A lógica é bem simples: se a Europa não for suficientemente forte e independente, o mundo terá uma pressão maior por parte do unilateralismo. Por isso, é infundada a opinião de que a China quer separar o continente europeu.
Por outro lado, as pessoas também não precisam temer uma China próspera. Holger Bingmann afirmou que os negócios com a China já ocupam mais de 40% dos lucros totais de algumas empresas alemãs. Portanto, a Alemanha é beneficiada e não prejudicada pelo desenvolvimento da China.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart