Comentário: "sequestro político" do Canadá prejudica direito legítimo de cidadã chinesa
O vice-ministro da Chancelaria chinesa, Le Yucheng, convocou urgentemente neste sábado (8) o embaixador do Canadá na China, John McCallum, para fazer representações solenes à parte canadense e protestar fortemente contra a prisão de uma responsável da empresa chinesa de tecnologia Huawei que fez transferência de voo em Vancouver. Le Yucheng apontou que a parte canadense aproveitou a ocasião para acatar o pedido dos Estados Unidos a deter a funcionária chinesa, prejudicando seriamente os direitos legítimos dos cidadãos chineses. Ele enfatizou que a China exige fortemente a liberação imediata da funcionária da Huawei.
Neste caso de “sequestro político”, o comportamento do Canadá, que atuou com urgência como iniciador, deixou várias pessoas desapontadas.
Um leitor de Ottawa que se chama Alex Duhaney escreveu uma carta para o maior jornal do Canadá, The Globe and Mail. Na carta ele diz: “sinto-me vergonha profunda pela participação do nosso governo no sequestro de alto funcionário de uma empresa estrangeira. Tal ato envergonha os atuais líderes governamentais do nosso país e também colocou em perigo os canadenses que fazem negócios no estrangeiro.”
Nos últimos anos, alguns países ocidentais não se cansam de desacreditar a Huawei, caluniando-a como espiã e dizendo que é perigosa para a segurança informática. Porém, diferentemente dos outos países ocidentais, o Canadá não proibiu a participação da Huawei em projetos importantes do país. Os principais operadores de celular canadenses têm equipamentos de telecomunicações com produtos fabricados pela empresa chinesa. As corporações BCE e Telus cooperam com a Huawei no desenvolvimento da rede 5G. Além disso, algumas universidades canadenses estabeleceram parceria com a empresa.
O diretor do Instituto da China da Universidade de Alberta do Canadá, Gordon Houlden, manifestou que o caso é uma má notícia para o Canadá. Vários internautas canadenses conclamaram tribunais e políticos do país a recusarem o pedido dos Estados Unidos de extraditar a funcionária da Huawei. O “comportamento ilegal” é realmente um crime inventado por políticos para proibir transações mútuas entre outros países, empresas e indivíduos.
Tradução: Virgília Han
Revisão: Diego Goulart