Comentário: Próximos 90 dias serão período chave tanto para China quanto para os EUA
No dia 1 de dezembro, o presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. De acordo com as informações reveladas após o encontro, os dois lados decidiram suspender as medidas comerciais restritivas, como a cobrança de tarifas adicionais, e aproveitar os próximos 90 dias para negociar sobre o cancelamento das altas tarifas já cobradas desde março deste ano.
Por um lado, os dois chefes de Estado pisaram no freio para evitar a escalada dos atritos comerciais, ganhando tempo e espaço para ambos os lados resolverem a disputa. Nos últimos oito meses, a guerra comercial não teve vencedor, mas gerou custos pesados para ambos os lados. Segundo estatísticas, o déficit do comércio de mercadorias dos EUA atingiu US$ 77.2 bilhões, um novo recorde histórico. Por outro, os próximos três meses serão um período chave devido ao duro processo envolvendo as negociações. Caso um consenso não seja alcançado, a parte norte-americana, provavelmente, continuará a guerra comercial.
Nos próximos 90 dias, a parte chinesa, partindo da conjuntura de salvaguardar os interesses comuns dos dois países e manter a ordem comercial do mundo, dedicará o maior esforço para negociar com a parte norte-americana, avançando para a meta do cancelamento das tarifas adicionais.
Independentemente do resultado das negociações, a China manterá uma atitude firme e clara, isto é, não quer uma guerra comercial, mas não tem medo de entrar numa se for necessário, defendendo resolutamente os interesses do país e do povo.
tradução: Shi Liang
edição: Layanna Azevedo