Comentário: retirada dos EUA do acordo de eliminação de mísseis ameaça a paz mundial

Published: 2018-10-24 17:10:14
Share
Share this with Close
Messenger Messenger Pinterest LinkedIn

O encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o representante norte-americano de segurança nacional, John Robert Bolton, realizado ontem (23) em Moscou, não gerou resultados positivos sobre o acordo de eliminação de mísseis assinado pelos dois países em 1987. Os EUA ameaçaram se retirar do acordo que é considerado o tratado com melhor execução durante a “Guerra Fria”.

Os EUA e a então União Soviética assinaram, em dezembro de 1987, o acordo de eliminação de mísseis balísticos de alcance médio e intermediário, seguido por uma massiva destruição de mísseis do gênero nos dois países. A então União Soviética eliminou 1.752 mísseis intercontinentais e os EUA, 859.

Por que os EUA querem abandonar o acordo hoje? Claro, por causa da sua estratégia “América Primeiro”.

Por um lado, o presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu elevar a força militar dos EUA logo após entrar na Casa Branca. Ele assinou o projeto de lei para o ano fiscal de 2018, ordenando o secretário de Defesa, Jim Mattis, a investir mais recursos na pesquisa do sistema de mísseis de cruzeiro, que envolve o desenvolvimento dos mísseis de alcance médio e intermediário, quebrando inevitavelmente o acordo assinado em 1987.

Por outro lado, a retirada de tal acordo pode quebrar o limite de fabricação de armas militares. Essa é considerada não só uma ação política mas também utilitarista. 

O acordo foi um documento bilateral entre os EUA e a União Soviética que nada tem a ver com a China. Mas Trump não parou de arrastar a China na sua negociação com a Rússia, pretendendo aumentar seu instrumento de negociação. De fato, a China é um país signatário do Tratado de Não Proliferação e fiel apoiante da paz mundial. No entanto, Washington continua a desafiar a linha de fundo moral, traindo uma série de acordos que ele assinou, ação de grande impacto no sistema internacional de prevenção nuclear e de controle de armas.

Trump anunciou recentemente que planeja encontrar com Putin no dia 11 de novembro, em Paris, para discutir o tema. Espera-se que resultados positivos sejam atingidos porque o mundo precisa de medidas que garantam a paz, e não de surpresas que poderiam destruí-la.

 

Tradução: Li Jinchuan

Revisão: Layanna Azevedo

Share

Mais Populares

Galeria de Fotos

Artesanatos decorados com fios de ouro de 0,2mm
Artesão de Hainan produz instrumento musical com cocos
Artista polonês constrói uma casa em formato de chaleira
Escola primária em Changxing comemora o Dia Mundial da Terra
Vamos proteger a Terra com ações práticas
Terras abandonadas são transformadas em parque de chá em Yingshan na província de Sichuan

Notícias

Dia Internacional da Língua Chinesa é celebrado em São Tomé e Príncipe
Investimento estrangeiro na China mantém crescimento no primeiro trimestre em 2022
Explosões no Afeganistão deixam pelo menos 34 mortos e 102 feridos
China faz importantes contribuições para transformação digital, diz ex-ministro brasileiro
Como a China mantém a autossuficiência diante do salto internacional dos preços dos alimentos?
Começa o Carnaval de 2022 no Rio de Janeiro