Profissionais de cinema chineses e estrangeiros estão otimistas com o futuro da co-produção
A indústria de cinema da China teve um desenvolvimento rápido nos últimos anos. Cada vez mais profissionais internacionais de cinema prestam atenção ao mercado cinematográfico chinês, e começam a fazer co-produções sino-estrangeiras. Até o fim de 2017, a China já havia assinado contratos de co-produção com mais de 20 países.
O gerente geral da SONY Columbia international US, Stephen Odell, que participou no lançamento dos filmes Spider-Man e Men in Black, revelou no Fórum de Co-produção de Filmes Sino-Estrangeiros que está planejando co-produzir um filme de animação com a China.
“A nossa próxima co-produção é com a China. Neste processo, podemos procurar as legendas e histórias com características chinesas, como as relacionadas ao dragão. Creio que a China possui um mercado gigante neste setor. Quanto ao consumo, realmente existem muitas oportunidades, onde podemos investir nos filmes com grande custo.”
Os filmes co-produzidos possuem melhores expectativas, porém, têm várias dificuldades. Eles devem superar os obstáculos das diferenças culturais, respeitar aos diferentes regulamentos e coordenar os distintos ritmo e método de trabalho dos profissionais cinematográficos. O diretor norte-americano Rob Minkoff, que criou os filmes The Lion King e Bruce Lee, afirmou que o sucesso das co-produções está em uma cooperação profunda na criação.
“Quando falamos sobre um filme, o mais importante é analisar a audiência. Entre as culturas diferentes, há em nossa história uma essência que interliga todos os espectadores e um valor comum? É nisto que devemos pensar bem.”
Quase simultaneamente, os profissionais chineses e estrangeiros apontaram que uma boa história pode incentivar a paixão dos artistas de países diferentes e superar naturalmente os obstáculos culturais. Contudo, como é que conseguimos contar uma boa história juntos? O diretor russo Fedor Bondarchuk deu um exemplo.
“Podemos partir da História. Por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial, aconteceram inúmeras histórias dramáticas. Vimos que um piloto soviético ajudou um piloto chinês a combater os invasores. Isto naturalmente relaciona os dois países. Quando falamos sobre uma determinada história, há muito que podemos fazer.”
Ao rever o mercado chinês nos últimos anos, as co-produções criaram muitos mitos na bilheteria. Como em 2016, o filme A Grande Muralha do diretor chinês, Zhang Yimou, teve uma bilheteria de 1,1 bilhão de yuans e o Kung Fu Panda 3, 1 bilhão de yuans. Os grandes sucessos vêm dos esforços dos profissionais de todo o mundo. O CEO do Grupo de Mídia Huayi Brothers, Wang Zhonglei, avaliou que o desenvolvimento do mercado chinês atraiu cada vez mais empresas de cinema estrangeiras que estudam ativamente como cooperar de forma melhor com a China.
“Primeiro, devemos começar a cooperação desde o lançamento. Darei um exemplo, a Sony trabalha com o lançamento de cinema global. Se tivermos um projeto e começarmos desde o lançamento junto com a Sony, para sincronizar as redes de distribuição da China e da Sony, acredito que uma co-produção se tornará um filme para o mercado global. Segundo, acho que os filmes de animação são uma boa direção das co-produções. Eles podem reduzir as diferenças na língua, imagem dos papéis e valor das histórias, que são os obstáculos que encontramos facilmente na etapa inicial.”
Redação: Nina Niu
Edição: Layanna Azevedo
Profissionais de cinema chineses e estrangeiros estão otimistas com o futuro da co-produção