Iniciativa do Cinturão e Rota é oportunidade histórica para cooperação entre China e Países Lusófonos, diz especialista

Fonte: Xinhua Published: 2018-03-08 19:02:52
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"A Iniciativa do Cinturão e Rota é a maior oportunidade e uma oportunidade histórica para a cooperação econômica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa", disse Wang Cheng'an, ex-secretário geral do Fórum para Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) em entrevista à Agência Xinhua.
Wang qualificou a Iniciativa como o maior destaque na cooperação atual entre a China e os países lusófonos. Segundo ele, todos os países lusófonos são litorais ou insulares, e Portugal, Moçambique e Timor Leste ficam ao longo da antiga Rota da Seda Marítima, que mostra nova vitalidade com a Iniciativa do Cinturão e Rota proposta pela China. Em 2016, a China e os países de língua portuguesa decidiram na 5ª Conferência Ministerial do Fórum escrever a Iniciativa do Cinturão e Rota no seu Plano de Ação.
A Iniciativa do Cinturão e Rota foi proposta pela China em 2013 e abrange o Cinturão Econômico da Rota da Seda e a Rota da Seda Marítima do Século 21.
Em 2017, o Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional foi realizado em Beijing, com a presença de representantes de Portugal, Brasil e Moçambique. O chefe da delegação portuguesa, Jorge Costa Oliveira, expressou que Portugal quer participar da iniciativa e a área mais interessada é a construção de infraestrutura.
A Iniciativa trouxe novas oportunidades e possibilidades para os países participantes, afirmou nesta quarta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Geng Shuang. "A Iniciativa do Cinturão e Rota se tornou a maior plataforma de cooperação global e o benefício público global mais popular.
"Os países devem aproveitar a oportunidade", afirmou Wang, que também indicou outros três destaques na cooperação econômica e comercial entre a China e os países lusófonos: capacidade de produção, assuntos marítimos e cooperação local. Ele explicou que os países participantes do Fórum estão em diferentes fases de desenvolvimento industrial, por isso existe complementaridade na cooperação na capacidade industrial, especialmente no caso da China, que obteve experiência neste aspecto durante os últimos 40 anos de reforma e abertura.
A ministra portuguesa do Mar, Ana Paula Vitorino, visitou a China em outubro de 2017 em busca de "cooperação azul" com o país asiático.
Quando à cooperação local, Wang lembrou que foram realizadas atividades para a promoção do comércio entre Província de Jiangsu e cidade de Qingdao com países lusófonos, além de um parque industrial Macau-Países de Língua Portuguesa criado na cidade de Beihai, na Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi.
"A cooperação econômica e comercial entre China e países lusófonos está num novo ponto de partida e terá mais avanços no âmbito da iniciativa do 'Cinturão e Rota'", afirmou Wang.
De acordo com ele, este ano celebra-se o 15º aniversário do Fórum, num momento que a cooperação econômica e comercial entre China e os países estão presenciando uma prosperidade. Wang mencionou uma série de números: em 2017, o valor total das exportações e importações entre a China e os países da língua portuguesa atingiu US$ 117,5 bilhões, um aumento anual de 29,4%; desde 2003, quando o Fórum foi criado, a cifra cresceu mais de dez vezes; até agora os investimentos chineses no países lusófonos totalizaram mais de US$ 50 bilhões, sendo a China o maior parceiro comercial do Brasil por oito anos, e maior parceiro comercial asiático de Portugal e Cabo Verde.
"A cooperação econômica e comercial entre China e Países de Língua Portuguesa tornou-se parte indispensável na cooperação econômica mundial", indicou Wang.
Ele acrescentou que, em 2003, sete áreas foram listadas no Plano de Ação da 1ª Conferência Ministerial do Fórum, número que cresceu para 29 no documento da 5ª Conferência Ministerial. Ele atribuiu esta ampliação de cooperação aos esforços do Fórum nos últimos 15 anos.
"O fórum, com base em uma língua, é um mecanismo de cooperação bilateral muito especial no mundo", assinalou Wang. Ele acredita que, com Macau como uma plataforma vital, a cooperação econômica e comercial entre a China e os países lusófonos terá amplas perspectivas e promoverá cooperações entre diferentes continentes do mundo.

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