Mais cidades chinesas limitam bicicletas compartilhadas
A comissão de transporte de Shanghai anunciou na segunda-feira que a cidade tirou 500 mil bicicletas das ruas a partir do dia 18 de agosto, quando proibiu as empresas de compartilhamento de bicicletas de liberar mais bicicletas.
Funcionários disseram que as empresas apenas se preocupam com a aquisição de participação do mercado, mas prestam pouca atenção à gestão das bicicletas, acrescentando que a explosão das bicicletas atrapalha gravemente a ordem do trânsito e coloca a cidade em má imagem.
A comissão indicou que realizou muitas inspeções desde agosto para assegurar a implementação da limitação e que as regras para regulamentar o mercado e punições, que variam de multas a perdas de crédito corporativo, serão propostas em breve.
Em setembro, uma limitação semelhante foi lançada em Wuhan, capital da Província de Hubei, centro da China, depois que o número de bicicletas compartilhadas na área urbana subiu para 700 mil, quase o dobro da capacidade da área.
Beijing, cujas ruas contêm 2,35 milhões de bicicletas de 15 empresas, também elaborou regulamentos em setembro para restringir o crescimento delas.
O setor de compartilhamento na China se desenvolveu do nada para um imenso frenesi em menos de três anos. Dois líderes do mercado -- ofo e Mobike -- valem mais de 10 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão).
O mercado deverá angariar 10,3 bilhões de yuans em receitas neste ano, um salto de 736% em relação a 1,2 bilhão de yuans em 2016, de acordo com a iMedia Research, uma provedora nacional de análise de dados. O número dos usuários de bicicletas compartilhadas na China atingirá 209 milhões neste ano, ante 28 milhões em 2016.
(Xinhua)