Iniciativa do Cinturão e Rota é novo foco para cooperação China-América Latina, diz chanceler chinês

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse no domingo que a   Iniciativa do Cinturão e Rota se tornou um novo foco de cooperação entre a China   e a América Latina.

Wang fez as declarações em uma entrevista coletiva   conjunta com Isabel Saint Malo de Alvarado, vice-presidente e ministra das   Relações Exteriores do Panamá, após uma reunião.

A China sempre atribuiu   grande importância ao desenvolvimento de suas relações com os países   latino-americanos e caribenhos de uma perspectiva estratégica e de longo prazo,   segundo ele.

"Nós acreditamos firmemente que o desenvolvimento da China e o   desenvolvimento da América Latina apresentam oportunidades um para o outro.   Observamos o princípio explícito de aderir à igualdade e benefícios mútuos entre   a China e a América Latina e concentrar-se no desenvolvimento comum. Já adotamos   uma diretriz geral que consiste em construir conjuntamente uma comunidade de   destino comum para a China e a América Latina", afirmou Wang.

Ele também   apontou que a cooperação China-América Latina não visará terceiros, nem afetará   suas relações com terceiros, acrescentando que pretende promover o   desenvolvimento geral para as nações latino-americanas, assim como sua posição   internacional.

A Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pelo presidente   chinês Xi Jinping em 2013, tem como objetivo construir o Cinturão Econômico da   Rota da Seda e a Rota da Seda Marítima do Século 21 através de esforços   concertados de todos os países relacionados para beneficiar todos os   participantes ao promover o comércio sem barreiras, a integração financeira, a   conectividade da infraestrutura e intercâmbios mais estreitos entre   pessoas.

Wang assinalou que a América Latina está em uma direção importante   onde a Rota da Seda Marítima do Século 21 se estende, e que com base na   construção conjunta do Cinturão e Rota, os dois lados podem ver novas   oportunidades para intensificar os laços bilaterais.

Wang também informou   que o Panamá é um centro de comunicação no hemisfério ocidental com um setor   financeiro bem desenvolvido, acrescentando que o país pode tornar-se uma junta   que pode facilitar a troca de produtos, fundos e recursos humanos entre a China   e a região, e desempenhar um papel especial e importante ao servir a extensão da   Rota da Seda Marítima na América Latina.