Educação básica no planalto
  2017-07-18 16:15:16  cri

Sob os raios de sol brilhantes nas montanhas cobertas de neve, destaca-se um prédio branco. É a Primeira Escola Primária da Nacionalidade da comarca Maqin, em Golog, na província de Qinghai. A instituição, criada em 1959, abriga atualmente 940 estudantes e 42 professores. Para os habitantes locais, ela é uma das paisagens mais lindas da região. Wan Chunxiang é uma professora da escola. Entre seus alunos não faltam os tibetanos.

"Ela é muito simpática e bem humorada. Fora das aulas, ela parece uma amiga nossa. Quando crescer, quero ser também um professor, " comentou um aluno da professora.

Wan Chunxiang ensina a língua mandarim. Ao longo dos anos, ela recusou oportunidades para servir como funcionária pública e vice-reitora de uma escola secundária. "O que quero é apenas ser uma professora. Sinto-me feliz na tribuna, apesar de às vezes ficar exausta e voltar para casa muito tarde. O meu filho me desabafou dizendo que os alunos são minhas crianças. Entre as mais de 1800 fotos que tenho no meu celular, 1600 são dos meus alunos", disse Wan Chunxiang.

Wan Chunxiang nasceu e cresceu em Golog, seus pais foram também professores em Golog. Influenciada pela família, Wan escolheu a faculdade de chinês numa universidade de formação de professores. Após a graduação, ela voltou à sua terra e já trabalha como professora há 17 anos. Ela disse que o que está fazendo não é apenas ensinar os conhecimentos, mas cultivar as pessoas: "sempre digo a meus alunos que a primeira coisa é ser uma pessoa. Acompanho meus alunos por seis anos, e agora, eles vão se graduar. Sinto muito ao pensar nisso."

Ao falar do futuro, a professora disse que ela só quer passar uma vida simples, ensinando mais crianças, trazendo a elas as experiências preciosas da educação.

No planalto de Qinghai, onde as condições climáticas são bastante severas, há muitos professores como Wan Chunxiang, que abandonam as oportunidades de ter uma melhor vida, em troca de um melhor futuro para as crianças. O vice-diretor de educação do governo de Qinghai, Yang Fayu disse: "Qinghai tem um inverno longo e severo, sendo bastante árduo para as crianças. Como falta carvão em alguns lugares, a gente usa madeira, e muitas vezes, o esterco de vaca para aquecimento. As fezes da vaca queimam rapidamente, como o papel, mas logo se apagam. As condições dos professores comovem qualquer pessoa, é realmente difícil persistir ensinando no local."

Na província de Qinghai, a maior dificuldade é a educação voltada às etnias minoritárias, sobretudo as zonas tibetanas remotas. Nos últimos anos, o governo local vem se empenhando no reforço da educação étnica, na capacitação de docentes e na melhoria do tratamento de professores. Cheng Jun, responsável pelo trabalho de professores da direção de educação do governo de Qinghai, disse: "Temos feito alguns trabalhos para elevar o nível de ensino. Iniciamos em 2016 o programa de capacitação gratuita de estudantes com bilíngue de mandarim e tibetano na escola normal. Foram admitidos no mesmo ano 32 estudantes na disciplina de matemática. Este ano, planejamos admitir 240 estudantes. Além disso, esforçamo-nos para melhorar o tratamento aos professores, destinando uma verba para subsidiá-los. Criamos também um mecanismo de premiação. Em Golog, por exemplo, os professores que completam 20 anos de carreira podem receber um prêmio de 3 mil yuans, e 20 mil yuans para os com 25 anos."

Leia mais
Comentário