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Paixão de samba e sonho chinês
  2014-07-23 10:28:41  cri

No dia 14 de novembro de 1993, a cidade de Beijing estava especialmente iluminada pelo Sol, mesmo já no início do inverno. O aeroporto de Beijing, localizado no nordeste da cidade, entrou no período mais movimentado durante do dia. Li Weifeng, um jovem de 16 anos, proveniente da cidade de Changchun, estava se despedindo de seus pais.

Junto dele, havia outros 21 jovens da mesma idade. Esses jovens formavam a equipe de futebol Jianlibao, que ia treinar no reino do futebol, Brasil. Para a maioria destes jovens, essa foi a primeira viagem deles ao exterior, e o destino ainda era o Brasil, país que fica a uma distância de 18 mil quilômetros da China. Os próximos quatro anos, a partir daí, seriam de treinos sistemáticos nos Clubes, Guaraná de São Paulo e Clube Atlético de Curitiba do Paraná, passando por uma experiência de juventude, inesquecível, no Brasil.

O tempo passa, aliás, voa. Li Weifeng, atualmente com 36 anos de idade, ainda está jogando na Superliga de Futebol da China. Lembrando dos eventos da vida, de vinte anos atrás, no Brasil, ele disse que o mais impressionante é o treinamento duro no Brasil, que lançou um sólido fundamento para toda a carreira de futebol dele.

"O mais duro treinamento, que eu lembro agora, foi o treino de cabecear numa colina, próxima à nossa base, onde morávamos. Depois do treinamento quotidiano, o treinador colocou uma cadeia e exigiu que eu saltasse dela e pulasse de novo para cabecear. Todos os dias eu treinava assim até minhas pernas sentirem cãibra, quando dormia. Alguém pergunta agora, por que você, Li Weifeng, ainda consegue pular? Por que com sua altura, você pode encontrar a bola no ar perfeitamente? Eu acho que isso está intimamente ligado ao meu treinamento no Brasil e às exigências do treinador Zhu. Se eu não tivesse tido o treinamento no Brasil, se não tivesse o treinamento extra, nem consiguiria imaginar o meu estado agora."

O treinador Zhu, que Li Weifeng mencionou, chama-se Zhu Guanghu. Ele acompanhou e testemunhou o treinamento e a vida dos jovens futebolistas chineses no Brasil durante todos os quatro anos. Durante os dias de treinamento no Brasil, ele não só foi um treinador, mas também o pai destes jovens, cuidando de todas as necessidades deles.

Para facilitar a comunicação no Brasil, Zhu Huanghu ainda aprendeu o português sozinho e conseguiu se comunicar com brasileiros. Muitos anos depois disso, os jovens futebolistas que treinavam no Brasil tornaram-se jogadores de elite no futebol chinês. Zhu Guanghu, como treinador deles, conquistou o título de campeão da Superliga chinesa, em 2004, com o clube de Jianlibao de Shenzhen e até se comandou a seleção de futebol chinês entre 2005 e 2007.

Atualmente Zhu Guanghu não ocupa mais o cargo de técnico da seleção nem do clube, dedicando-se apenas à formação de futebolistas jovens. Ele disse que sempre quer reviver as sensações de quando ele estava no Brasil.

No final de 2013, os amigos do então time de Jianlibao no Brasil reuniram-se, novamente no Brasil, visitando os clubes em que treinavam e os velhos amigos. Os jovens de vinte anos atrás, agora já são homens formados. Eles ainda contam com um profundo sentimento em relação a Zhu Guanghu, igual ao de pai e filho. E Zhu Guanghu, pisou de novo na terra do Brasil, com uma grande emoção.

"A maioria de vocês ainda trabalha com futebol. Por isso, estou muito contente em reencontrar vocês. Quando vocês sentam-se juntos, conversam com outros atletas e funcionários dos clubes, o futebol sempre é o tema da conversa. Isto significa que a vida no Brasil deixou uma profunda marca em relação ao futebol, no nosso coração, fazendo da nossa paixão pelo futebol algo inapagável."

Na realidade, o futebol não só deixou uma profunda marca nos corações do treinador Zhu Guanghu e seus discípulos, mas, também, tornou-se uma paixão inapagável aos brasileiros e um sonho dos chineses. Marcelos Lins é um famoso repórter de esporte da Rede Globo. Para ele, a cooperação no setor de futebol entre China e Brasil terá um resultado de duplo ganho.  

"Acho que a China deve intensificar o intercâmbio no setor de futebol com o Brasil. O Brasil está com uma grande vantagem de talentos futebolistas e tem a vontade de ajudar a China neste setor. Na China, o futebol brasileiro é batizado com futebol de Samba. Exatamente, o futebol brasileiro joga bonito e ofensivo. Por isso, muitos adeptos gostam do futebol brasileiro, especialmente as estrelas brasileiras, como Neymar que joga na liga da Espanha. Enfim, acho que no setor de futebol, a China tem muito para aprender com o Brasil e o Brasil tem muito para ganhar com possibilidade de intercâmbio com a disciplina chinesa, com o jeito oriental. Para os dois países, isso será um resultado de duplo ganho."

Sendo uma tradicional potência no futebol, o Brasil está ativamente promovendo o intercâmbio de futebol com a China. Nas véspera da Copa do Mundo 2014, o ministro do Esporte do Brasil, Aldo Rebelo, apresentou propostas detalhadas sobre o desenvolvimento do futebol chinês para o embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, inclusive com o estabelecimento de equipes de jogadores e treinadores. Além do mais, Rebelo ainda expressou seu desejo em relação ao futebol chinês.

"Espero que a China se classifique de novo para a Copa do Mundo, consiga ser seda de uma Copa e, quem sabe no futuro, também consiga um título Mundial."

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