Relações sino-japonesas
  2013-11-21 15:19:59  cri

No dia 2 de outubro de 1971, a China propôs os três princípios da recuperação das relações sino-japonesas: a República Popular da China é o único governo legal que representa a China; Taiwan é uma parte inseparável da China; os acordos assinados pelo Japão e Chiang Kai-shek são ilegais e devem ser anulados. No dia 25 de setembro de 1972, o primeiro ministro japonês, Kakuei Tanaka visitou à China. No dia 29, os dois países divulgaram o comunicado conjunto, normalizando as relações bilaterais.

Atualmente, as relações bilaterais mantêm uma boa tendência de desenvolvimento, conseguindo positivos resultados em diversos domínios. Porém, as conseqüentes visitas do primeiro ministro japonês Junichiro Koizumi ao mausoléu de Yasukuni são os principais fatores negativos para as relações bilaterais.

No aspeto econômico, a China e o Japão são mutuamente importantes parceiras. O Japão foi a maior parceira comercial da China em dez anos consecutivos. A China se tornou também a segunda maior parceira comercial e o segundo maior mercado de exportação do Japão.

No aspecto de ciência e educação, em maio de 1980, os dois países assinaram o Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica entre a China e o Japão. E depois, os intercâmbios e cooperações científicos e tecnológicos desenvolvem-se rapidamente.

No dia 6 de dezembro de 1979, os dois países assinaram o Acordo de Intercâmbio Cultural, determinando os intercâmbios bilaterais nas áreas de cultura, educação, academia, esporte etc.. Em 2002, os dois governos realizaram o Ano da Cultura Chinesa e o Ano da Cultura Japonesa. Além disso, as duas partes ainda realizaram o Acampamento de Verão de Jovens da China, Japão e da Coréia do Sul, o Concurso de Televisão dos Conhecimentos da China, Japão e da Coréia do Sul, o Fórum Econômico Sino-Japonês etc..

Atualmente, ainda existem algumas questões sensíveis que devem ser tratadas adequadamente nas relações bilaterais:

Primeiro, a questão do reconhecimento da história. Isso é a questão política mais sensível nas relações sino-japonesas. Depois de 2001,ocorreu por várias vezes a revisão dos compêndios, a fim de modificar a história da invasão japonesa na China. Além disso, o primeiro ministro japonês, Junichiro Koizumi, visitou muitas vezes o Mausoléu de Yasukuni, o que trouxe muitas influências negativas para relações bilaterais.

Segundo, a questão de Taiwan: As duas partes têm clara posição nesta questão, ou seja, o Japão pode desenvolver intercâmbios não governamentais com Taiwan, mas, a China se opõe qualquer forma de atividades oficiais entre o Japão e Taiwan, e a tendência de duas Chinas ou Uma China e Um Taiwan. A parte chinesa ainda exige que o Japão se comprometa a incluir Taiwan no âmbito da Cooperação de Segurança entre o Japão e os Estados Unidos.

Terceiro, a questão da Ilha Diaoyu: As ilhas Diaoyu, Huangwei, Chiwei e a Ilhota Norte e Sul ficam a 92 milhas ao nordeste da Cidade de Jilong, da Ilha Taiwan da China, sendo ilhas adjacentes da Ilha Taiwan. Elas e a Taiwan são sempre uma parte inseparável do território chinês. A China possui soberania indiscutível da Ilha Diaoyu e o área marítima adjacente.

A posição do nosso país tem fundamentos históricos e legislativos. Em dezembro de 1943, a China, Estados Unidos e a Inglaterra divulgaram Declaração de Cairo, em que exige o Japão de devolver o nordeste da China, Taiwan e arquipélago Penghu à China. Na Declaração de Potsdam, 1945, é definido que a Declaração de Cairo deve ser aplicado. Em agosto do mesmo ano, o Japão aceitou a Declaração de Potsdam, o que significa que o Japão devolveu Taiwan e suas ilhas adjacentes à China.

Quarto, a questão da cooperação de segurança entre o Japão e os EUA: Em 1996, o Japão e os Estados Unidos divulgaram a Declaração Conjunta de Cooperação de Segurança, e segundo o qual, fizeram revisões sobre os Princípios de Cooperação de Defesa, elaborados em 1978. Em setembro de 1997, o Japão e os Estados Unidos determinaram novos Princípios de Cooperação de Defesa. Para isso, a China foca nos dois assuntos: primeiro, as questões concernentes com Taiwan; segundo, a tendência de militarismo do Japão.

Quinto, a questão de indenizações da guerra: Nas negociações da normalização das relações sino-japonesas, o governo japonês manifestou sentimento de pena pela guerra invasora contra o povo chinês. Nesta circunstância, o nosso governo decidiu abandonar a exigência de indenizações do Japão, o que foi também escrito na Declaração Conjunta Sino-japonesa, divulgada em 1972. Em 1975, a Assembléia Popular Nacional da China aprovou o Acordo de Paz e Amizade entre a China e o Japão.

Sexto, a questão sobre armas químicas japonesas abandonadas na China: Durante a guerra invasora contra a China, o Japão violou pactos internacionais concernentes, e usou armas químicas. Depois da derrota, as tropas japonesas abandonaram e aterraram muitas armas químicas na China. Até agora, em mais de dez províncias da China, foram localizados mais de trinta lugares com as armas químicas abandonadas por japoneses, o que trouxeram grandes ameaças para a vida e a segurança de bens do nosso povo e para o meio ambiente. Nos anos 80 do século passado, o governo chinês já exigiu o governo japonês de resolver a questão. No dia 30 de julho de 1999, os dois países assinaram em Beijng o Memorando da Eliminação das Armas Químicas Abandonadas pelo Japão na China. No Memorando, a parte japonesa manifestou que deve se gravar na memória os princípios da Declaração Conjunta Sino-Japonesa e do Acordo de Paz e Amizade entre a China e o Japão, e cumprir os deveres definidos no Pacto de Proibição de Armas Nucleares.

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