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Conhecer enfermeiros em hospital

Ao falar de Florence Nightingale, vem à cabeça de muitas pessoas a imagem de mulher com vestido branco e chapéu de enfermeira. No entanto, no 6º Hospital da Universidade de Beijing, uma entidade especializada no tratamento de doenças psicológicas e psiquiátricas, não é raro encontrar enfermeiros do sexo masculino.

Zhang Lei é um desses enfermeiros. Formado em enfermagem pela Faculdade de Medicina da Universidade de Beijing, Zhang Lei trabalha no hospital há seis anos. Ele disse que hesitou ao optar pela profissão no início.

"Eu também duvidei: há muitas profissões para homem, por enfermeiro."

O motivo para escolher a enfermagem foi simples: todas as pessoas eventualmente ficarão doentes, e ele poderia dar uma mãozinha quando os parentes ou amigos adoecessem. Durante os seis anos que trabalha no hospital, Zhang Lei trabalha, na sua maioria, no turno da noite.

Entrar pela primeira porta, trocar o uniforme, e passar pela segunda porta até a enfermaria. O trabalho do dia começa por confirmar o númerio de materiais de tratamento. Cintas de proteção, medidor de pressão arterial, agulhas de costura, lâmpadas de emergência e cortadores de unhas. Se o número for diferente que o registrado, deve-se confirmar imediatamente com os colegas do turno anterior.

"Guardar aqui os medicamentos, todos com etiqueta. Contamos o número todos os dias. Este é lorazepam."

O enfermeiro He Qilong, que trabalha no hospital há 20 anos, foi apelidado pelos colegas de "tio He". Ele disse que quando os doentes apresentam sintomas de distúrbios, os enfermeiros são os primeiros a protegê-los.

He Qilong é uma pessoa otimista que gosta de contar histórias. As suas histórias, no entanto, falam de um grupo meio marginalizado: as pessoas com problemas psiquiátricos. No polegar da sua mão direita, resta até hoje um vestígio de ferida, causada pela mordida de uma doente.

"Limpei, desinfectei e coloquei um curativo. Na manhã do dia seguinte, a enfermeira-chefe viu a ferida, e me mandou tomar uma vacina antitetânica. Não é uma coisa grande, é bem comum entre nós."

Na escola, os enfermeiros estudam o cuidado médico de forma geral, e nenhum deles tem a especialidade psiquiátrica. Com as experiências acumuladas no trabalho, eles se tornam cada vez mais profissionais.

"Além dos cuidados básicos, oferecemos mais companhia e apoio psicológico, e ajudamos os pacientes a conhecer sua doença. É importante fazer os doentes se sentirem em casa, e não no hospital."

Durante o turno da noite Zhang Lei faz, a cada 15 minutos, uma vistoria à enfermaria, estando sempre alerta às ações dos doentes, assim como o eventual efeito negativo de medicamentos.

"Os doentes com transtorno depressivo sentem-se mais deprimidos na madrugada, por isso, devemos ficar bem atentos às suas ações entre as 03h00 e 04h00 da manhã. "

He Qilong disse que tem um temperamento explosivo. O seu sonho inicial, porém, era ser maquinista de trem. He nunca pensou que poderia trabalhar por 20 anos como enfermeiro.

"Acho que é realmente um milagre poder trabalhar por 20 anos como enfermeiro. Os doentes com transtorno obsessivo compulsivo podem lavar as mãos por uma hora, e eu sempre os acompanho. O meu temperamento já mudou muito."

Apesar dos enfermeiros nem sempre serem respeitados como os médicos, eles nutrem um orgulho pela profissão, porque são eles que mais tem contato com os doentes.

"Os médicos vão fazer uma prescrição, como se fosse um comandante dando ordem. E nós enfermeiros, somos as pessoas que materializam essa ordem, cumprindo a missão com alta qualidade."

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