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Patrimônio imaterial dos Oroqens

A etnia Oroqen era um grupo nômade que vivia principalmente da caça no norte da China. As serras Xiaoxing'anling e Daxing'anling, onde habitavam os Oroqens são dotadas de bétulas exuberantes. O povo Oroqen aproveitava as cascas da bétula para manufaturar os utensílios de uso cotidiano. Hoje em dia, os Oroqens despediram-se do modo primitivo de viver e passaram a levar uma vida fixa.

Os utensílios necessários do cotidiano tornaram-se decorações e as técnicas tradicionais são mantidas através de novas formas. A sucessora das técnicas tradicionais dos Oroqens, Wu Lingzhi explicou as peculiaridades dos artigos fabricados com cascas de bétulas.

"Costuramos as cascas de bétula com a corda de lã e a crina de cavalo. Este artigo é bastante ecológico e resistente. Pode durar muito tempo."

O artigo feito com casca de bétula era manufaturado e usado frequentemente pelas famílias dos Oroqens, por ser simples de produzir e fácil de encontrar a matéria-prima. Desde artigos de grande tamanho como as malas para guardar roupa, baldes para carregar água, até os de pequeno porte como as caixinhas de cigarro, os artigos de bétulas são os utensílios mais fáceis de serem encontrados nas famílias Oroqens.

Hoje em dia, os caçadores deixaram as suas armas e passaram a se estabelecer fora da floresta. Com a alteração das condições de vida e os frequentes intercâmbios com povos das outras etnias, o tipo de utensílios tornou-se mais diversificado. Os artigos de bétula feitos à mão passaram a ser as primeiras necessidades do cotidiano a se tornar em uma obra artística.

A alteração do modo de vida traz grandes impactos para as técnicas tradicionais. Atualmente, só os mais velhos dominam estas técnicas, que antigamente eram dominadas por todos, desde os mais velhos, até aos mais novos, tanto homens quanto mulheres. A sucessora do patrimônio imaterial da técnica, Wu Lingzhi falou:

"O governo presta muita atenção à proteção e transmissão destas técnicas. Se não tomarmos medidas, vamos acabar por perdê-las."

Os Oroqens apresentam uma língua falada sem escrita. Por isso, todas as técnicas foram transmitidas oralmente de geração em geração. Com o falecimento das gerações mais velhas, o futuro dos folclores começou a preocupar os oroqens. Cada vez mais caçadores começam a perceber a importância da proteção de suas próprias tradições. Wu Lingzhi disse:

"Agora, muitos caçadores, especialmente os Oroqens têm vontade de aprender estas técnicas. Irei ensiná-los sempre que precisem."

Por uma questão ecológica, é proibido retirar as cascas de bétulas. A falta de matérias primas impede o desenvolvimento das tradicionais técnicas. A produção do chapéu de cabeça de corça, considerado como o símbolo dos Oroqens, enfrenta uma maior restrição. O guia do Museu da etnia Oroqen está explicando:

"Este é o símbolo da etnia Oroqen. O chapéu foi feito com o couro inteiro da cabeça da corça."

O chapéu possui três funcionalidades: resistência ao frio, camuflagem e decoração. Antigamente, a corça era a principal animal de caça dos Oroqens. Hoje em dia, este animal é protegido. É raro adquirir o seu couro e o preço custa uma fortuna.

Wu Lingzhi contou que na produção, a corça é substituída pelo carneiro. A sucessora dependia da técnica para ganhar a vida e agora, pensa mais em transmiti-la.

"Aprendi as técnicas para suportar a minha família. Atualmente, na qualidade de sucessora desta técnica, preciso de me esforçar para deixar a herança às próximas gerações."

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