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Chinese Bridge estabelece ponte de amizade entre China e Brasil

Foi realizada no dia 26 de junho a etapa final do concurso de língua chinesa "Chinese Bridge" para os alunos cursando o ensino médio no Brasil.

O evento foi realizado no Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Sousa, a única escola bilíngue português-chinês no Brasil. Um total de 12 concorrentes provenientes de quatro Estados do país participaram da competição. Os estudantes brasileiros falaram sobre sua conexão com a China através de discursos e demonstrações artísticas.

Na secção de demonstração artística, os concorrentes apresentaram danças tibetanas, danças folclóricas de Xinjiang, kongfu, performance de música chinesa ao violino, solo de Dizi (instrumento chinês), entre outros, fazendo com que os espectadores fossem temporariamente transportados até à China. O talento dos alunos foi agraciado com fortes aplausos. Filipe Silvestre Kaibar, de Campinas, em São Paulo, conquistou a plateia com sua caligrafia chinesa. Com apenas quatro meses de aprendizagem, Filipe foi classificado para acompanhar a competição final na China.

Amiris, de 16 anos de idade, foi a campeã do concurso. O seu nome chinês é Moli (jasmim). A estudante tocou flauta e interpretou a música chinesa "Jasmim". A aluna, passou por vários obstáculos na tentativa de aprender o chinês, mas graças ao seu esforço foi merecidamente premiada.

O primeiro contato de Amiris com o idioma foi em 2015 em um curso de língua chinesa em uma escola no estado de São Paulo, de onde é nativa. Desde então, ela se apaixonou pela língua e cultura e sua vida tomou um rumo inesperado. Para a aluna, o aprendizado do chinês tornou sua vida mais rica e interessante.

Após seis meses de estudo, porém, o curso foi cancelado. Para continuar, Amiris começou a coletar assinaturas pela internet, pedindo a reabertura do curso. A estudante disse que coletou 1,186 assinaturas, chegando mesmo a negociar com o governo local.

Infelizmente, seus esforços foram em vão. No entanto, Amiris nunca desistiu e perseguiu estudando. Além de aprender sozinha, ela se inscreveu no curso de língua chinesa numa das ramificações da Universidade Estadual Paulista, localizado a 147 km de sua casa. Ao saber que foi a vencedora da competição, a concorrente não conseguiu controlar sua emoção.

"Fiquei muito feliz. Naquele momento, pensei imediatamente no apoio da minha família e dos amigos chineses que conheci pela internet. Quero conhecer tudo sobre a China, o dia-a-dia dos chineses e estudar com empenho o chinês. O mais importante, há grandes projetos na China que mudaram a vida de muitas pessoas. Quero fazer parte e ajudar mais gente."

Hoje em dia, para os estudantes brasileiros, aprender chinês não é só estudar uma língua estrangeira ou conhecer uma cultura diferente, o que mais atrai é aprender uma língua emergente e aumentar as chances de ter um bom emprego. Esta também é a razão principal que muitas famílias brasileiras optam por enviar seus filhos para aprender chinês desde pequenos. Enquanto grande parte das escolas brasileiras funciona meio-período, o Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Sousa adota o sistema integral. A jornada e o conteúdo são mais pesados que a maioria das escolas. Os estudantes que moram longe têm que levantar às quatro horas da madrugada e só voltam para casa depois das 19h. Contudo as dificuldades parecem não poder reduzir o entusiasmo pela aprendizagem do chinês. Filipe Berbeti Rangel, o 2º classificado desta competição é um exemplo. Sua mãe Paula Rangel comentou:

"Estudar chinês exige muita dedicação, mas isso vai oferecer mais opções para seu futuro e abriu novas portas. Ele vai ter mais vantagens."

Qiao Jianzhen, presidente chinesa do Instituto Confúcio da Universidade Católica do Rio de Janeiro é fundadora da escola bilíngue. Segundo ela, a escola abriu somente 72 vagas no primeiro ano de abertura em 2015. Mais de 600 se inscreveram para o curso, tornando muito acirrada a concorrência. Qiao Jianzhen observou que a atitude dos brasileiros em relação à aprendizagem do chinês vem mudando nos últimos anos. Segundo ela, os intercâmbios culturais sino-brasileiros estão cada vez mais fortes

"Uma das mudanças é que os próprios brasileiros estão tomando a iniciativa. Muitas vezes, os pais procuraram a nossa escola, pedindo para ampliar as atividades. Por isso, acrescentamos na grade o conteúdo sobre o Brasil. Como é um intercâmbio intercultural, a interação das duas culturas irá ainda mais longe."

Tal como um ditado chinês, a amizade entre os povos é a chave para as boas relações entre os países, a boa relação se desenvolve com o aprofundamento constante dos intercâmbios culturais. Por isso, o concurso "Chinese Bridge" conta com o apoio da embaixada da China no Brasil e do Consulado chinês no Rio de Janeiro. Segundo o cônsul-geral chinês no Rio de Janeiro, Song Yang, a atividade estabeleceu uma ponte para os intercâmbios culturais entre a China e o Brasil, promovendo a amizade e ampliando os horizontes.

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