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Uma expedição ao longo de 60 anos
As obras literárias de língua portuguesa entraram na parte continental da China pela primeira vez na década de 50 do século 20. Mas por causa da ausência de tradutores especializados no par português-chinês, todas as obras literárias de língua portuguesa foram traduções realizadas através de uma terceira língua, prioritariamente a língua russa.
No início dos anos 1960, com o fomento dos primeiros cursos de português em Beijing, alguns estudantes desses cursos acabaram por seguir a carreira de tradutores após a formação. As décadas de 1960 e 1970 foram, no entanto, as décadas que registaram o menor número de obras de língua portuguesa traduzidas para o chinês. Foi preciso dar tempo ao tempo para estes talentos se aprimorarem a fim de, um dia, se revelarem na área de tradução português-chinês.
A partir da década de 1980, o domínio das ciências sociais usufruiu de um fluxo favorável de pensamentos inovadores. Esta tendência prosseguiu na década de 1990 e suscitou um apogeu da tradução de obras literárias em português para o chinês, o que se deveu principalmente ao lançamento da coleção Biblioteca Básica de Autores Portugueses, um projeto de 27 obras literárias de português na China, patrocinado pelo Instituto Cultural de Macau e pela Editora Montanha das Flores.
O novo século presencia um desenvolvimento sólido da publicação da tradução de obras literárias de português para chinês. O ano de 2009 foi um ponto de virada fundamental em direção ao auge da prosperidade, graças à reedição e retradução de O Alquimista, de Paulo Coelho.