O simpósio bienal, realizado pela Associação de Escritores da China, teve como tema sinologistas estrangeiros e tradução de literatura.
Na cerimônia de abertura, Tie Ning, presidente da Associação, disse que a reunião dos escritores e seus tradutores é como um "reencontro entre gêmeos perdidos por muito tempo".
"Sempre descobrimos que apesar de vivermos em diferentes culturas e falarmos diferente línguas, estamos tão perto um do outro que podemos sentir a ressonância vinda do fundo de nossas almas", afirmou.
Liu Zhenyun, romancista e ganhador do prêmio de literatura Mao Dun, brincou e disse que escritores e tradutores são "cúmplices", pois os dois têm vantagens e pontos fracos e a cooperação entre os dois deve gerar um bom resultado.
Mo Yan discordou. "A parte mais brilhante e distinta das obras de um escritor é sempre a maior dor de cabeça para os tradutores", disse Mo. "Neste sentido, autores e tradutores são adversários", acrescentou.
Taciana Fisac, sinologista espanhola e professora da Universidade Autônoma de Madrid, considera que tradutores são, as vezes, "traidores" da literatura, pois seu entendimento e input pessoal podem "trair" a obra original. "Espero que o simpósio possa nos ajudar a eliminar esta divergência", disse.
Esta é a terceira edição do simpósio. Um total de 30 sinologistas estrangeiros e especialistas chineses em língua, provenientes de 16 países, assim como autores conhecidos chineses, como Jia Pingwa, Mai Jia e Alai, participaram do evento.
por Xinhua