O conceito de "Internet+" foi mencionado em março pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ao pronunciar o relatório de trabalho do governo diante da Assembleia Popular Nacional (APN, o mais alto órgão legislativo chinês).
O plano de ação impulsionará a combinação da Internet móvel, a computação em nuvem, a tecnologia de grandes quantidades de dados (big data) e a Internet das coisas com a indústria manufatureira moderna, uma medida para fomentar o desenvolvimento saudável do comércio eletrônico, a Internet industrial e as finanças pela Internet, além de ajudar as companhias de Internet a aumentar sua presença internacional, assinalou Li.
A campanha é muito importante para criar um novo motor para o crescimento econômico, disse o primeiro-ministro.
De acordo com o plano de ação, a China impulsionará a integração da Internet com indústrias tradicionais e incentivará sua expansão desde as indústrias de consumo até o setor manufatureiro.
O plano de ação determina os objetivos de desenvolvimento e as medidas de apoio para aqueles setores chave que se espera possam estabelecer novos modos industriais através de sua integração com a Internet, incluindo as atividades empreendedoras e inovadoras das massas, indústria manufatureira, agricultura, energia, finanças, serviços públicos, logística, comércio eletrônico, trânsito, biologia e inteligência artificial.
"O governo tem como objetivo continuar aprofundando a integração da Internet com os setores econômico e social, tornando os novos modos industriais uma principal força motriz de crescimento para 2018", de acordo com o plano de ação.
Em 2025, a Internet+ se tornará um novo modelo econômico e uma importante força motriz para a inovação e o desenvolvimento econômico e social do país, segundo o documento.
Com esta finalidade, "a China consolidará a base de seu desenvolvimento promovendo a tecnologia e a infraestrutura pela Internet, ao mesmo tempo resolve os obstáculos tecnológicos das indústrias e fortalece o controle de riscos".
O governo aumentará o impulso à inovação, incentivará as empresas a criar plataformas e redes voltadas à inovação, formulará padrões industriais para a integração entre a Internet e as indústrias e protegerá os direitos de propriedade intelectual, segundo o documento.
A China eliminará as barreiras e rebaixará os limites para a entrada no mercado dos produtos relacionados a "Internet+", otimizará o sistema de crédito, elaborará uma estratégia para bases massivas de dados e promoverá os serviços legais relevantes.
Aproveitando a Iniciativa do Cinturão e Rota proposta pela China, o governo incentivará mais companhias de Internet a aumentar sua presença no mercado global.
Para satisfazer a necessidade de desenvolvimento da "Internet+", a China tem planejado capacitar e melhorar a utilização de talentos locais e estrangeiros, assinalou o projeto.
O governo central concederá apoio financeiro e preferências tributárias a programas chave relacionados ao plano "Internet+", incentivará os governos locais a tomar medidas semelhantes e dará boas-vindas a investidores tanto nacionais como estrangeiros.
Será introduzido deste modo um mecanismo de conferência ministerial conjunta para tratar temas de importância durante a implementação do plano de ação.
O gabinete chinês também lançará mais zonas piloto e apoiará zonas de demonstração de inovação como Zhongguancun, área em Beijing denominada "o Vale do Silício da China".
O documento também pede que os governos locais elaborem seus próprios planos de ação.
"O vento favorável da 'Internet+' impulsionará a economia chinesa a um nível superior", comentou o primeiro-ministro chinês no início do ano.
O programa nasce justo quando a China está entrando em um período crucial para aprofundar as reformas e a reestruturação de sua economia, que registrou em 2014 uma taxa de crescimento de 7,4%, o índice mais baixo em 24 anos.
A China conta com a maior população de usuários de Internet e telefonia móvel do mundo. O país tinha 649 milhões de internautas no fim de 2014 e 557 milhões de usuários de telefonia móvel com acesso à Internet, segundo estatísticas oficiais.
por Xinhua