As bolsas chinesas continuaram em baixa na quinta-feira, deixando o referencial Índice de Shanghai em seu nível mais baixo em três semanas, pois a redução em investimento estrangeiro despertou preocupações com uma desaceleração econômica.
A China recebeu US$ 7,73 bilhões em investimento estrangeiro direito no mês passado, uma redução de 0,9% em termos anuais e pelo quarto mês consecutivo, disse o Ministério do Comércio.
Essa cifra e outros indicadores, incluindo menores crescimentos na inflação, produção industrial e consumo de energia, contribuíram para preocupações de que a desaceleração do crescimento chinês pode piorar, o que desmotiva os investidores.
O Índice Composto de Shanghai caiu 0,73% ou 17,46 pontos, fechando em 2.373,77 unidades. O Índice de Componentes de Shenzhen perdeu 0,08% ou 8,33 pontos, encerrando o pregão em 10.086,56 unidades.
As transações das duas bolsas diminuíram para 215,7 bilhões de yuans (US$ 34,02 bilhões), em comparação com os 327,6 bilhões de yuans (US$ 51,67 bilhões) do comércio do dia anterior.
Na bolsa de Shanghai 692 ações caíram e 224 registraram alta, enquanto na bolsa de Shenzhen as cifras foram de 1.003 e 404, respectivamente.
Incorporadoras de imóveis continuam em baixa depois que o primeiro-ministro Wen Jiabao afirmou na quarta-feira (14) que o país continuará com os esforços para controlar os preços de imóveis que, segundo Wen, ainda estão "longe de ser razoáveis".
A China Vanke, a maior incorporadora de imóveis da China em termos de valor de mercado, registrou uma queda de 0,97% no preço de seus papéis, que ficou em 8,21 yuans (US$ 1,29) por ação. O preço da ação da Poly Real Estate, a segunda maior incorporadora do país, caiu 2,55% para 10,72 yuans (US$ 1,69) por ação.
As ações dos produtores de ouro também caíram devido à baixa nos preços de ouro no mercado global. O preço da ação da Zhongjin Gold Corp., perdeu 2,72% para 21,45 yuans (US$ 3,38), enquanto o do Lao Feng Xiang, vendedor de jóias doméstico, registrou uma queda de 4,18% atingindo 29,09 yuans (US$ 4,59).