China acompanha com atenção crise na República Democrática do Congo
  2012-11-21 20:05:14  cri

A porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, afirmou hoje (21) em Beijing que a China acompanha com muita atenção a crise humanitária no leste da República Democrática do Congo.

Hua disse que a China deseja que as partes envolvidas dialoguem, baseando-se no respeito pela soberania e integração territorial do país.

A parte chinesa pediu também que a comunidade internacional trabalhe no sentido de salvaguardar a paz e a estabilidade da região.

O Conselho de Segurança (CS) da ONU aprovou nesta terça-feira (20) uma resolução, na qual condenou a ocupação de Wael Gomaa, no leste do país, pelo grupo rebelde "Movimento 23 de Março" (M23). O CS pediu a retirada imediata do grupo armado da região.

No documento, a entidade condena os ataques deste grupo contra cidadãos, tropas de manutenção de paz da ONU e trabalhadores humanitários.

Segundo a resolução, há indícios de que o M23 tem recebido apoio do exterior. Por esta razão, o CS pediu a suspensão imediata da ajuda ao armamento deste grupo e considera sanções à sua liderança ou a todos aqueles que prestem qualquer assistência.

Também o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários, o Programa Alimentar e a Comissão de Refugiados da ONU mostram-se preocupados com o agravamento do conflito armado e a deterioração de condições humanitárias da região.

As províncias Kivu do Norte e Kivu do Sul, no leste do país, têm sofrido nos últimos anos com os conflitos violentos, que este ano agravaram-se.

A capital da província Kivu do Norte e o aeroporto da cidade foram ocupados nesta terça-feira pelo grupo rebelde. O exército República Democrática do Congo estacionou numa outra base.

O conflito já fez com que muitos congoleses se refugiassem em Gisenyi, uma cidade fronteiriça no Ruanda. Entretanto, o governo ruandês divulgou na noite de ontem uma declaração, pedindo uma negociação entre o exército governamental e o M23.

Ainda segundo um relatório feito pelos especialistas da ONU, o governo de Ruanda é simpatizante deste grupo armado. O governo de Ruanda já negou a afirmação.

Tradução: Li Jinchuan

Revisão: Catarina Domingues

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