Chevron: Justiça dá prazo para receber passaportes de executivos
  2012-03-21 15:29:53  cri
A 1ª Vara Federal de Campos decidiu no fim da tarde desta terça-feira que os executivos e funcionários da Chevron e da Transocean terão 24 horas para entregar seus passaportes. O prazo começa a valer a partir do recebimento da intimação, que deve ocorrer na quarta-feira.

Representantes da empresa petrolífera norte-americana Chevron terão que prestar esclarecimentos à Comissão de Meio Ambiente do Senado sobre o vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, identificado na semana passada.

A audiência pública, na próxima quinta-feira, convocada pelo presidente da comissão, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), também vai ouvir representantes da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Ministério Público Federal (MPF) e o delegado de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Fábio Scliar.

No último dia 4, a Chevron comunicou o derramamento de óleo próximo do local onde ocorreu o primeiro vazamento em novembro do ano passado. A ANP criou um comitê formado por técnicos da petrolífera, da Petrobras e da Frade Japão Petróleo - que detêm participação na concessão - para avaliar os novos pontos de vazamento de óleo no solo marinho.

Técnicos da agência constataram na última quinta-feira (15), por meio de filmagens submarinas, cinco pontos de vazamento ao longo de uma fissura de 800 metros de extensão. Foi identificado o aparecimento de gotículas de óleo, em uma vazão reduzida.

Uma liminar  concedida na semana passada pelo juiz Vlamir Costa Magalhães, da 4ª Vara Federal Criminal, no Rio de Janeiro impede a saída do país de 17 executivos e profissionais da Chevron Brasil e da Transocean Brasil, sem que haja autorização judicial.

Entre os nomes está o do presidente da Chevron Brasil Petróleo, George Raymond Buck III, de origem americana. A decisão atende a pedido do procurador da República em Campos, Eduardo Santos de Oliveira. Segundo o MPF, os 17 executivos e profissionais ligados à companhia devem ser denunciados à Justiça e processados. Caso isso ocorra, eles terão que entregar os passaportes em Campos.

por Globo

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