China nunca vai buscar hegemonia, diz 7º Livro Branco de Defesa Nacional
  2011-03-31 19:32:20  cri

O governo chinês publicou hoje (31) o Livro Branco de Defesa Nacional 2010. O documento salientou que a política chinesa de defesa não mudou, e que "não busca hegemonia nem expansionismo."

Este é o sétimo livro branco de defesa publicado pelo governo chinês desde 1998. O documento apontou que a situação atual do mundo está em mudança profunda e complicada, e os desafios de segurança que a China enfrenta são cada vez mais difíceis e diversificados. Embora a situação não seja otimista, o porta-voz do Ministério de Defesa, Geng Yansheng, reiterou que a política chinesa não mudou:

"a China adota uma política de defesa defensiva e nunca vai mudar. O caminho do desenvolvimento, a missão essencial, política sobre as relações exteriores e a tradição cultural e histórica decidem o fato que seja rica ou pobre, agora ou no futuro, a China nunca vai procurar hegemonia nem o expansionismo militar."

O livro branco insiste na consciência de segurança de "benefício mútuo, confiança recíproca, igualdade e coordenação", procura solução pacífica de problemas e de contradições mundiais, opõe-se à ameaça militar, invasão e à política dos poderosos. A China dedica-se a promover um mecanismo de segurança coletivo com justiça e eficiência e um mecanismo militar de confiança recíproca, que facilite o desarmamento e controle da corrida armamentista, a fim de salvaguardar a estabilidade estratégica no mundo.

Ainda segundo o documento, a China é um país responsável e participa positivamente das ações de manutenção da paz das Nações Unidas, sendo o país que participou de mais atividades de manutenção de paz da ONU entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança.

Nos últimos anos, o constante aumento do orçamento militar chinês tem recebido destaque mundial. O livro branco deste ano explicou que a despesa militar corresponde ao rápido desenvolvimento econômico do país. Nos recentes anos, a taxa entre o orçamento militar e o PIB total do país tem sido estável e está até reduzindo em relação à despesa total das finanças nacionais. A parte adicional do custo é usada principalmente no aprimoramento das condições de vida dos soldados, participação em missões de manutenção de paz e resgates internacionais, conclusão da missão de escolta de navios de guerra em águas somalis e subsidio ao alto custo de compra de equipamentos, cujos preços estão cada vez mais elevados.

O livro branco revelou que a China já estabeleceu um mecanismo de diálogo sobre segurança com 22 países e adotou diversas medidas para fomentar a confiança mútua com os Estados vizinhos. Na coletiva à imprensa realizada hoje, o porta-voz do Ministério de Defesa revelou que o chefe do estado-maior do Exército de Libertação do Povo Chinês vai visitar os Estados Unidos em maio:

"vamos também realizar uma série de encontros entre os ministério de defesa chinês e norte-americano, para promover a cooperação e intercâmbio. É verdade que existem desafios e barreiras na relação militar sino-norte-americana, mas a China quer se esforçar junto com os EUA para criar um ambiente de confiança com base no respeito, benefício e igualdade mútuos."

Após o acidente nuclear ocorrido no Japão, a segurança nuclear é, hoje o assunto mais quente no mundo. O vice-chefe de Planificação do Departamento de Guerra do Estado Maior do exército chinês, Cai Huailie, afirmou:

"após o vazamento nuclear na Usina de Fukushima, no Japão, demos início imediatamente a uma inspeção total nas instalações nucleares militares na China. Posso dizer que elas estão em segurança extrema. O exército chinês presta sempre muita atenção à segurança nuclear e temos regulamentos, mecanismo e administração severos para garantir a segurança."

(por Dong Jue)

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