O chanceler chinês, Yang Jiechi, afirmou hoje em Bejing que o objetivo da diplomacia chinesa nos próximos cinco anos estará voltado às boas relações internacionais e com os vizinhos. Além de viabilizar o sonho de uma sociedade chinesa com o mínimo de conforto, a China quer contribuir com a construção de um mundo permanentemente em paz e próspero. A afirmação de Yang foi feita hoje (7) durante a coletiva de imprensa da sessão anual da Assembleia Popular Nacional.
Quanto às relações sino-europeias, o chanceler chinês assinalou a vontade da China de se esforçar, ao lado da Europa, para promover a parceria estratégica e política completa baseada no respeito e na confiança mútua, além de intensificar as relações comerciais nas quais as duas partes saem ganhando.
Questionado sobre as relações sino-norte-americanas, Yang Jiechi declarou que o estabelecimento da parceria sino-norte-americana é uma demanda do desenvolvimento e da intensificação das cooperações. Respondendo a perguntas sobre a venda de armas norte-americanas a Taiwan, Yang reafirmou a posição contrária da China e o pedido feito aos EUA para que respeitem os Três Comunicados Conjuntos e a Declaração Conjunta Sino-norte-americana. Dessa forma, foi exigido dos norte-americanos o fim imediato da venda de armas à ilha como forma de apoiar o desenvolvimento pacífico dos dois lados do Estreito de Taiwan.
Sobre as relações sino-russas, o chanceler chinês lembrou que 2011 marca o 10º aniversário da assinatura do Acordo Cooperativo de Vizinhança e Amizade Sino-Russa e também o 15º aniversário do estabelecimento da parceria estratégica entre ambos os países. Ainda este ano, o presidente chinês, Hu Jintao, vai visitar a Rússia. É desejo da China que as duas nações vizinhas aproveitem as oportunidades e promovam a já forte parceria estratégica.
Quanto às relações sino-africanas, Yang destacou que as promessas de ajuda à África feitas pelos dirigentes chineses durante o Fórum de Cooperação Sino-Africano estão sendo cumpridas. As parcerias entre China e África já deram importantes resultados.
Yang Jiechi disse ainda que as relações entre os países do Bric e desenvolvidos são abertas e abrangentes, não competitivas.
Quanto ao G20, o chanceler expressou o desejo do país de que a cúpula deste ano, na França, possa lidar com futuras crises de forma efetiva e longo prazo.
Na mesma entrevista, Yang mencionou o resgate de chineses na Líbia, ressaltando tratar-se da maior ação de retirada de cidadãos do país residentes no exterior. Segundo ele, ela reflete o princípio do governo chinês de que governança e diplomacia devem servir ao povo.
Por Xia Ren