O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse ontem que vai se encontrar com Hillary Clinton em Washington em busca de soluções para a crise política de seu país. Na entrevista coletiva realizada em Tegucigalpa, capital da Nicarágua, Zelaya afirmou que planeja ir a Washington em breve para pedir ajuda do governo de Obama. Ele salientou que continuará tentando voltar a Honduras.
Ontem, o porta-voz do governo interino de Honduras relatou que foi formada uma delegação especial para dialogar com a Organização dos Estados Americanos (OEA) assim que a vice-chanceler do governo temporário, Martha Lorena Alvarado, manifestou tal intenção.
A delegação partiu ontem para a sede da OEA, em Washington, na esperança de discutir com a entidade uma saída para a atual crise. O governo hondurenho ressaltou, domingo passado, que o retorno de Zelaya não está no quadro de diálogo.
Segundo outras reportagens, o porta-voz do exército hondurenho disse ontem que, desde a adoção do toque de recolher no dia 28 de junho, a polícia militar prendeu 800 pessoas que desrespeitaram a regra. O departamento de administração do aeroporto internacional de Honduras anunciou, no mesmo dia, o fechamento por 48 horas devido aos danos nas instalações causados pelos atos violentos do dia 5.