Dois Jogos, o Mesmo Esplendor: Entrevista com o presidente do Comitê Paraolímpico Internacional
    2008-09-09 10:03:24                cri

O sucesso da 29ª edição das Olimpíadas de verão em Beijing é reconhecido pelo mundo inteiro. Duas semanas depois, a 13ª edição das Paraolimpíadas foi aberta, também em Beijing. O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos (Bocog, na sigla em inglês) e as autoridades chinesas prometeram que os dois eventos olímpicos têm igual tratamento, como diz o slogan "Dois Jogos, o Mesmo Esplendor". Quanto aos preparativos dos Jogos Paraolímpicos e ao desenvolvimento da causa dos portadores de deficiência na China, o presidente do Comitê Paraolímpico Internacional, o britânico Philip Craven, fez seus comentários ao ser entrevistado pela CRI.

De fato, Craven tinha elogiado em várias ocasiões o compromisso assumido pelo Bocog e pelo governo chinês. Segundo ele, o que vê e ouve todos os dias passa mensagens positivas ao mundo. "A China honra seus compromissos com o mundo. Tenho a plena convicção de que a Paraolimpíada será tão maravilhosa quanto os Jogos Olímpicos", disse Craven.

Para ele, os cuidadosos nos preparativos e o profissionalismo mostrado pelos voluntários devem garantir o sucesso da Paraolimpíada. Aliás, todas as competições serão realizadas nas instalações utilizadas durante os Jogos Olímpicos, como o Ninho de Pássaro e o Cubo de Água. "Desde a noite em que a chama dos Jogos Olímpicos foi apagada, os organizadores começaram a transformar Beijing a uma cidade para a Paraolimpíada. A transformação é sem precedentes", qualificou o presidente Craven.

Craven disse que as instalações da Vila Paraolímpica são "as melhores da história". Ele citou o exemplo dos banheiros nos apartamentos dos atletas na Vila. Em cada apartamento, há três banheiros. Apesar de somente um deles ser marcado com sinal de cadeira de rodas, todos eles têm espaços para as cadeiras. O detalhe impressionou Craven.

Todos os preparativos têm como objetivo criar condições para os atletas terem bom desempenho durante as competições. Craven mostrou plena confiança de que as provas paraolímpicas serão tão extraordinárias quanto as olímpicas.

Craven destacou que as competições paraolímpicas são de alto nível e os atletas com membros postiços se dedicam muito mais que pessoas sadias fisicamente. A jogadora polonesa Natália Partyka, portadora de deficiência que participou dos Jogos Olímpicos, já mostrou sua capacidade. "De fato, isso não é novidade. Nos anos 80 e 90 do século passado, dois atiradores portadores de deficiência participaram dos Jogos Olímpicos. No começo do século passado, um atleta portador de deficiência até ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas", revelou Craven.

Durante a entrevista, Craven manifestou também uma grande expectativa em relação à participação da delegação chinesa. O desempenho de atletas chineses nas Paraolimpíadas anteriores lhe deixou uma boa impressão, sobretudo o de Hou Bin, embaixador global paraolímpico e detentor de seis medalhas de ouro no salto. Para Craven, Zhou Bin se destaca não só pelos resultados obtidos, mas também por seu espírito esportivo.

A audiência é outro fator importante para garantir a "maravilha" dos Jogos Paraolímpicos. Craven se disse satisfeito com o entusiasmo que os chineses mostram com a agenda de competições. Segundo ele, Sydney e Atenas tinham subestimado a demanda dos espectadores sem oferecer ingressos suficientes. Beijing, no entanto, não repetiu a situação. "O 1,6 milhão de ingressos vai atender à demanda do público", assegurou Craven.

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