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Chery, o primeiro carro chinês vendido no Brasil
  2014-08-08 15:09:11  cri

Caro ouvinte, no programa de hoje, continuamos a trazer nossas reportagens especiais em homenagem aos 40 anos das relações diplomáticas entre a China e o Brasil. Hoje vamos conhecer a história do desenvolvimento da Chery Automobile, no Brasil. Vale ressaltar que a Chery é a primeira empresa automobilística chinesa que entrou no mercado brasileiro.

Nos últimos 40 anos, com o aprofundamento das relações bilaterais, e o aquecimento das relações comerciais, os círculos empresariais dos dois países também vêem com bons olhos as oportunidades da outra parte, especialmente há cada vez mais empresários chineses que investem diretamente ou estabelecem suas fábricas no Brasil. A Chery, como a maior marca de autonomia da China, claro, não poderia perder a chance de entrar no mercado brasileiro.

Ao receber a nossa equipe, o gerente-geral da Chery Brasil, Peng Jian, afirmou que o Brasil é o maior bloco econômico da América do Sul, país membro do BRICS e um dos maiores mercados de automóveis do mundo. Ele disse que, desde a época de Lula, a economia brasileira mantém a tendência de crescimento, a taxa de câmbio é relativamente estável e a inflação é bem controlada. Por isso, mesmo com uma distância enorme, a Chery acredita muito na potencialidade do mercado, e a estabilidade social e política do Brasil.

"Em 2006, a Chery já tinha planos de entrar no Brasil e começou os trabalhos preparativos, incluindo contatos com alguns agentes comerciais."

Além disso, os brasileiros gostam muito de carros de modelo hatch, porque esse tipo de carro ainda está na moda e oferece dirigibilidade agradável. E a Chery é exatamente conhecida na China por fabricar hatchs. Essa é outra razão pela qual a Chery tem plena confiança no mercado brasileiro. Peng Jian revelou que no Brasil, a empresa vende principalmente os hatchs. A proporção de vendas entre os hatchs e sedans da Chery no Brasil é 3:1.

"No mercado de automóveis do Brasil, o primeiro carro, que agrada a 60% dos motoristas, é o modelo hatch. Portanto, nossos produtos são muito adequados ao mercado."

Após uma pesquisa de longo período, a Chery descobriu que, para atravessar as barreiras de cultura, legislação e sistemas, é melhor procurar em primeiro lugar uma agência comercial brasileira. Em fevereiro de 2009, a Chery assinou um acordo de representação com uma agência brasileira e, em julho do mesmo ano, o primeiro carro da Chery, e também o primeiro automóvel produzido pelos chineses, foi vendido no Brasil. Os brasileiros começaram então a conhecer a Chery e os carros chineses.

A indústria automobilística brasileira iniciou seu desenvolvimento nos anos de 50 do século passado e tem já uma competitividade relativamente forte. Por isso, não é fácil entrar e viver neste mercado para uma empresa estrangeira. Porém, a Chery consegue.

No dia 19 de julho de 2011, a Chery começou a construir sua fábrica na cidade de Jacareí e é também a primeira empresa automobilística chinesa que tem fábrica no Brasil. Segundo a previsão, a fábrica entrará em funcionamento no segundo semestre deste ano. Atualmente, a Chery possui mais de 70 lojas 4S no Brasil, que podem oferecer serviços completos para os consumidores em todas as médias e grandes cidades. Peng Jian disse que a Chery quer estabelecer, no total, 200 lojas 4S no Brasil. Agora, a Chery já encerrou a cooperação com a agência de representação e é a própria Chery Brasil que produz e vende seus carros e oferece serviços pós-venda aos clientes.

Chery, agora, é brasileira.

Para ser um carro mais brasileiro, a Chery fez muitos reajustes em seus produtos em comparação com os na China. Primeiro, claro, o motor é modificado, para aceitar biocombustíveis. Além disso, a decoração interior é mais escura, o ar-condicionado é mais frio, e a parte inferior dos carros é mais alta que os na China para adaptar-se aos costumes dos brasileiros e a situação das estradas do Brasil.

O desenvolvimento da Chery no Brasil encontrou também várias dificuldades. Em 2012, o governo brasileiro decidiu elevar notavelmente os Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI), o que prejudicou muito a venda dos carros da Chery. O gerente-geral da Chery Brasil, Peng Jian, disse que, antes disso, a Chery vendia pelo mais 4000 unidades de carros por mês, mas em 2012 e 2013, vendeu apenas 200 unidades por mês. O pior é que a confiança dos consumidores foi influenciada. Peng revelou que a Chery Brasil fez muitos trabalhos para mudar a situação. Agora, o momento mais difícil já passou e a Chery mostrou a força e a capacidade da maior marca chinesa de carros.

"Envidamos muitos esforços nas propagandas e na construção da nossa rede de serviços. Agora, a quantidade de unidades vendiadas recuperou-se ao nível de 1000 unidades por mês."

No mercado brasileiro, a Chery é a pioneira das empresas automobilísticas chinesas. Com o sucesso da Chery, outros produtores chineses de automóveis, como a JAC e a Geely, entraram também sucessivamente no Brasil. Sobre isso, Peng Jian apontou que, na China, eles têm uma competição muito forte, mas, no Brasil, eles precisam esforçar-se em conjunto para aumentar a influência dos carros chineses.

"As empresas que saíram da China são principalmente as marcas de autonomia. Aqui no Brasil, somos mais cooperadores que adversários. Todos nós ainda temos uma pequena quota do mercado brasileiro. Por isso, devemos cooperar intimamente para melhorar a imagem das marcas chinesas e procurar um desenvolvimento comum."

No início deste ano, a Geely lançou em São Paulo seu novo carro para a América Latina, EC7, o que significa a Geely entrou oficialmente no Brasil. O vice-presidente da Geely, Zhan Lin, confessou que é importante estudar experiências de outras empresas.

"A saída das empresas chinesas necessita em primeiro lugar uma pesquisa detalhada na fase de preparação. Além disso, ainda precisamos de uma cooperação com os parceiros brasileiros, pois eles conhecem bem a situação local."

Ao receber a nossa equipe, os empresários chineses afirmaram unanimemente que as relações sino-brasileiras estão na melhor fase histórica desde o estabelecimento das relações diplomáticas há 40 anos, o que traz cooperação e comunicação muito ativa e ampla nos círculos, político e econômico, além de favorecer o desenvolvimento comercial entre os dois países.

Peng Jian, gerente-geral da Chery Brasil, acha que, tanto os departamentos governamentais, quanto o povo brasileiro, têm uma boa imagem das empresas chinesas, e eles querem também trazer mais fatores positivos para as relações bilaterais através de seu desenvolvimento. Ele completou dizendo que, produzir bons carros para servir ao Brasil e ao mundo, é o sonho da Chery Brasil.

"Neste ciclo benigno, o desenvolvimento da nossa empresa pode também impulsionar o desenvolvimento das relações sino-brasileiras, bem como aprofundar as cooperações entre os dois países, o que é muito significativo."

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