China adverte estatais sobre riscos de especulações envolvendo divisas estrangeiras
2009-04-16 16:21:27    cri

O Ministério das Finanças da China pediu segunda-feira às empresas chinesas, sobretudo as estatais, que realizem uma melhor gestão fiscal para evitar os riscos especulativos em meio ao agravamento da crise econômica mundial.

As companhias chinesas estão enfrentando mais altos riscos de investimento, baixa qualidade de ativos e pesadas cargas fiscais, de acordo com uma circular emitida pelo ministério chinês em seu site na internet.

Esta advertência veio após o conglomerado estatal cotado na Bolsa de Valores de Hong Kong, a CITIC Pacific, anunciou uma mudança na sua direção na semana passada, em meio a interrogatórios sobre as enormes perdas registradas nas especulações com divisas estrangeiras no ano passado.

O investimento em derivados financeiros como o hedge (cobertura) cambial deverá ser realizado de maneira prudente e as atividades especulativas não serão permitidas, indicou o ministério chinês na circular, que pediu que as empresas chinesas façam fusões e aquisições de um modo ativo e seguro, com o objetivo de evitar perdas desnecessárias causadas pela expansão cega.

A circular do ministério chinês fez eco a um anúncio do governo chinês, emitido em fevereiro, que prometeu lançar uma inspeção especial sobre os grandes projetos de investimento e as fusões das empresas estatais adminsitradas diretamente pelo governo central, para prevenir os riscos fiscais.

Os lucros dessas estatais em 2008 registraram a primeira queda anual desde 2002, de mais de 30%, para ficar em 665,29 bilhões de yuans (cerca de US$ 97,2 bilhões).

Na semana passada, a CITIC Pacific, uma filial do Citic Group, um conglomerado estatal de investimento do país asiático, anunciou a renúncia do presidente fundador Larry Yung Chi Kin e do diretor administrativo Henry Fan Hung Ling, em meio a uma investigação oficial sobre o escândalo de perdas de divisas.

O CITIC Pacific revelou em outubro passado que as perdas poderiam superar 15 bilhões de dólares de Hong Kong (US$ 1,9 bilhão), como resultado de uma operação de cobertura não autorizada envolvendo o dólar australiano.

 
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