Proposta para mais alta torre de navegação fluvial provoca polêmica na China
2009-03-25 10:19:11    cri

A proposta governamental apresentada pelo município chinês de Chongqing, no oeste do país, sobre a construção da torre de navegação fluvial mais alta do mundo à beira do rio mais extenso da China, o Yangtze, provocou vasta discussão na internet.

Depois que a proposta foi revelada pela imprensa local na quinta-feira passada, internautas encheram a página web do governo municipal (cq.qq.com), duvidando do objetivo e de seu custo, que ainda sob análise de viabilidade.

Um internauta questionou o orçamento do projeto da torre, no qual o governo planeja injetar 10 milhões de yuans (US$ 1,46 milhão), afirmando que a mesma quantidade de dinheiro é suficiente para construir 50 escolas para crianças rurais de famílias de baixa renda.

Segundo a proposta, a nova torre de navegação fluvial será ainda mais alta que o atual portador do recorde mundial, a Torre Jieyang, de 68,8 metros de altura, localizada na província chinesa de Guangdong. O governo municipal de Chongqing defendeu que a altura da nova torre é necessária para a segurança da navegação. Porém, o tamanho exato do prédio não foi revelado.

O diretor local em Chongqing da Administração dos Assuntos de Navegação do Rio Yangtze, Bi Fangquan, declarou na terça-feira que a torre tem de ser muito alta porque a cidade de Chongqing fica no curso superior do reservatório das Três Gargantas.

O reservatório registra um nível de água superior a 175 metros desde setembro passado, o que faz com que a elevação máxima sazonal do nível de água perto de Chongqing chegue a 30 metros. A atual torre mais alta na região está a 15 metros acima do nível da água, declarou o funcionário.

Segundo a fonte governamental, a nova torre não apenas guiará a navegação dos barcos, mas também emitirá ondas de rádio através das quais as autoridades de navegação poderão contatar com as embarcações.

Apesar de o governo querer transformar a torre um novo ponto de referência da cidade, os internautas não compatilham a mesma ideia.

"Sabemos que duas torres voltadas ao mesmo fim nos subúrbios da cidade foram destruídas em 2008 antes da conclusão da construção porque os governos locais não conseguiram juntar os recursos financeiros prometidos desde 2003", apontou um outro internauta, que espera que esta nova torre não tenha o mesmo destino.

Atualmente na China, a Internet é frequentemente usada pelo público como uma plataforma para expressar opiniões em relação às políticas governamentais.

 
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