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No país há hoje mais de 200 milhões de cidadãos com idade superior a 60 anos, equivalente a 16,1% da população. Por outro lado, são cada vez mais expressivos problemas como baixa fertilidade, desequilíbrio entre os sexos e redução de população ativa. Para aliviar essas complicações, o governo chinês tem reajustado constantemente sua estratégia de desenvolvimento populacional. Em 2013, aprovou a política que permitiu aos casais terem uma segunda criança se um dos pais não tivesse irmão ou irmã. Desde o início do ano passado, a política de dois filhos foi aplicada em toda a China.
Segundo o administrador da política de filho único da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar da China, Yang Wenzhuang, o número de nascimentos registrou um aumento notável desde 2014. Especialmente em 2016, a cifra ultrapassou 17,86 milhões, a maior desde o ano 2000.
"A política de dois filhos foi adotada em 2016. Segundo os dados divulgados pela Administração Estatal de Estatísticas da China, nasceram 17,86 milhões de bebês chineses no ano passado. De fato, o número de mulheres em idade fértil sofreu uma redução de cerca de 5 milhões no período. Entretanto, a população nascida registrou um aumento significativo graças à aplicação da política de dois filhos."
Apesar das políticas de incentivo, algumas famílias chinesas hesitam em ter uma segunda criança, devido à rotina estressante, altos custos para criar filhos e difícil admissão em boas escolas. Yang Wenzhuang explicou o fenômeno.
"A pressão da vida nas cidades e as despesas altas com crianças influenciam na decisão das mulheres chinesas. Em nosso país, 80% dos bebês ficam sob os cuidados dos avós. Além disso, os preços das casas também registraram um rápido aumento em grandes cidades. Esse é outro fator que leva famílias a adiarem a decisão de ter filhos."
Para minimizar as preocupações dos pais, o governo chinês está elaborando uma série de políticas para incentivar a fertilidade, segundo Yang Wenzhuang.
"A China vai melhorar os serviços nos setores de saúde, cuidado de crianças, educação, previdência social e tributação. Além disso, é importante promover a igualdade de gênero, de forma a proteger os direitos das mulheres em oportunidades de empregos e licença maternidade e férias, ajudando-as a equilibrar as equação entre o trabalho e a família."
Especialistas prevêem que a quantidade de nascimentos mantenha a tendência de alta em 2017. Isso ajudará a melhorar a estrutura familiar e aliviar o envelhecimento da população.