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O auditor-geral do Departamento Nacional de Auditoria da China, Hu Zejun, apresentou recentemente o relatório sobre a situação da execução orçamentária do país em 2016. Ao analisar o documento, especialistas afirmaram que os riscos das dívidas dos governos regionais da China são controláveis de modo geral. Eles também avaliaram que a execução dos orçamentos centrais da China foi satisfatória, garantindo crescimento estável da economia nacional.
Conforme o relatório de Hu Zejun, até março de 2017, governos de 16 províncias, 16 cidades e 14 distritos haviam recebido a auditoria central. As dívidas de algumas regiões registraram rápido crescimento. Conforme as informações do Departamento Nacional de Auditoria, as dívidas contraídas nesses lugares decorrem das despesas para o desenvolvimento social e a melhoria do padrão de vida da população. A taxa média de dívidas regionais da China foi de 70%, inferior ao nível de governos de outras economias importantes do mundo.
O especialista do Instituto de Estudos sobre Ciências Financeiras e Fiscais do Ministério de Finanças da China, Zhao Quanhou, avaliou que a taxa de dívida dos governos regionais da China não é muito alta no âmbito global e fica em um nível relativamente baixo em comparação com outras economias durante a era de urbanização.
"O nível de 70% não é muito alto. Geralmente, o limite máximo desse indicador deve ser inferior a 100% ou 150%, conforme diferentes padrões. A China atravessa o ponto alto de sua urbanização e os governos regionais são responsáveis pelo investimento e financiamento deste processo. Em comparação com os mesmos períodos históricos nos EUA, Coreia do Sul e Japão, a taxa é reduzida."
De acordo com o relatório, o governo da China está atento à administração das dívidas e já estabeleceu um mecanismo quanto à regulamentação do pedido de empréstimos por governos regionais. Os sistemas de limitação do valor de dívidas, administração de orçamento, tratamento de riscos e supervisão normal vêm sendo aprimorados. A tendência do aumento rápido de dívidas dos governos regionais foi controlada. Zhao Quanhou afirmou que as medidas já surtiram efeitos.
"Atualmente, os governos regionais já estão autorizados a lançar dívidas. Também damos muita atenção à regulamentação da administração das dívidas regionais. Também adotamos pré-tratamento se alguns governos locais encontrarem riscos de pagamento, a fim de evitar crises nesta área."
Em 2016, a China enfrentou muitos desafios severos, tanto internos quanto externos, mas o país cumpriu as principais metas para o desenvolvimento e conseguiu um crescimento econômico de 6,7%. Segundo o relatório do auditor-geral, as receitas públicas atingiram 100,2% do previsto, enquanto as despesas públicas amentaram 4,4% no ano passado. O pesquisador do Instituto de Estratégias Financeiras e Econômicas da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Wang Dehua, avaliou que o país registrou uma boa execução do orçamento central.
"Em 2016, nós reforçamos as políticas financeiras ativas. Muitos déficits foram surtidos por causa das políticas de redução de impostos. As medidas impulsionaram o dinamismo das empresas, sobretudo as privadas. O governo central também reforçou o investimento nos setores mais vulneráveis, como a redução da pobreza e a educação. Além disso, a eficiência do uso das verbas aumentou significativamente."