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No mês de junho, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da China aumentou 1,5% e o Índice de Preços ao Produtor (IPP) aumentou 5,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados indicaram a melhoria contínua da economia chinesa.
Conforme dados divulgados hoje (10) pela Administração Estatal de Estatísticas da China, os preços dos produtos e serviços dos setores de saúde, habitação, educação, cultura, entretenimento e transporte aumentaram no mês passado, graças à atualização do nível de consumo do país. O vice-economista-chefe do Centro Internacional de Intercâmbios Econômicos da China, Xu Hongcai, analisou a situação.
"O IPC se manteve estável por dois meses consecutivos, porque a oferta de produtos nos últimos meses foi abundante. Os preços do setor de serviços experimentaram um aumento sazonal, por exemplo, as passagens aéreas para turismo e o aluguel, devido à alta de arrendamento. Além disso, o ambiente monetário e financeiro permaneceu estável recentemente."
Em junho, o IPP da China teve um aumento superior ao esperado. As indústrias de papel e extração de metais não ferrosos tiveram incremento significativo, enquanto os setores de petróleo, gás natural e carvão registraram quedas consideráveis. O pesquisador do Centro de Estudos sobre o Desenvolvimento do Conselho de Estado da China, Zhang Liqun, explicou que o aumento do IPP se baseou na recuperação da economia chinesa.
"O aumento do IPP relaciona-se estreitamente com a consolidação da base para o crescimento econômico da China. O investimento, o consumo e a exportação caminharam rumo à recuperação. Neste contexto, a queda nos preços de produtos em massa parou. A tendência de mudança dos preços indicou uma melhoria ainda notável da economia chinesa no segundo semestre deste ano."
Quanto ao PIB da China, várias instituições previram um aumento por volta de 6,8% no primeiro semestre deste ano, e o valor pode ter um crescimento total de 6,7% em 2017. Xu Hongcai propôs que o país deve continuar com as políticas econômicas estáveis nos próximos meses, ao reforçar a flexibilidade e previsão das medidas.
"As políticas financeiras devem desempenhar um papel mais forte no reajuste da estrutura econômica do país, por exemplo, a diminuição dos impostos. A formação de novos tipos industriais e o apoio à nova economia devem ser fomentados a fim de liberar novas forças motrizes para o crescimento. Ao mesmo tempo, as políticas monetárias devem ser flexíveis e é preciso controlar os riscos de liquidez."